Dólar cai para R$ 5,14 em dia de anúncio da equipe de transição

Bolsa de valores sobe 0,7%, impulsionada por mineradoras
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Por Wellton Máximo / Agência Brasil

Um dia após aproximar-se de R$ 5,20, o dólar perdeu força e caiu em meio aos primeiros anúncios da equipe de transição para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A bolsa de valores subiu, impulsionada por papéis de setores que caíram ontem (7).

O dólar comercial fechou esta terça-feira (8) vendido a R$ 5,144, com queda de R$ 0,029 (-0,56%). A cotação começou o dia em alta, chegando a R$ 5,23 nos primeiros minutos de negociação, mas inverteu o movimento e passou a cair ainda durante a manhã. Na mínima do dia, por volta das 14h, chegou a R$ 5,13.

Com o desempenho de hoje, o dólar acumula queda de 0,43% em novembro. Em 2022, a divisa cai 7,75%.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.160 pontos, com alta de 0,71%, após operar próximo da estabilidade por diversas vezes ao longo do dia. O indicador foi impulsionado por ações de mineradoras e de varejistas, papéis que haviam caído na segunda-feira.

Dois fatores trouxeram alívio ao mercado financeiro. No cenário interno, o anúncio dos coordenadores da equipe de transição para o futuro governo dissipou as tensões de ontem. Nesta tarde, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciou que o grupo econômico será coordenado pelos economistas Pérsio Arida e André Lara Resende, criadores do Plano Real, e pelos economistas Guilherme Mello e Nelson Barbosa (ex-ministro da Fazenda), ligados ao PT. Alckmin, no entanto, não divulgou pistas sobre o futuro ministro da Fazenda.

No cenário internacional, as bolsas norte-americanas subiram pelo terceiro dia consecutivo e o preço do ferro teve alta no mercado internacional. Novas notícias de que a China pretende flexibilizar as restrições contra a covid-19 impulsionaram as commodities (bens primários com cotação internacional), favorecendo países emergentes, como o Brasil.

Fontes: Agências Brasil / Reuters

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