O Brasil receberá o total de R$ 1,3 bilhão (US$ 250 milhões) para descarbonização industrial do Fundo de Investimentos Climático (CIF), de acordo com o governo brasileiro.
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), os recursos serão destinados a tecnologias limpas e de economia circular, como hidrogênio e materiais de baixo carbono.
Na sexta-feira (13/6), o CIF informou em nota que Brasil, Egito, México, Namíbia, África do Sul, Turquia e Uzbequistão foram convidados a participar do programa de investimento de R$ 5,5 bilhões (US$ 1 bi), iniciativa dedicada à redução de emissões industriais de gases de efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento.
A disponibilização inicial de R$ 5,5 bilhões em créditos concessionais para os países pode escalar para R$ 11 trilhões (US$ 2 tri) até 2030, com a participação do setor privado.
A partir de agora, esses países vão desenvolver planos de investimento detalhando os projetos prioritários e estratégias para atrair investimentos do setor privado, com foco “em soluções que contribuem para a transição energética global”, diz a nota do CIF.
No total, 26 candidatos enviaram propostas ao Fundo para a participação no programa. O Brasil recebeu a nota mais alta.
“Os países selecionados demonstraram forte engajamento do setor privado, prontidão institucional e claro compromisso com a descarbonização industrial”, avalia o comunicado.
A participação brasileira no Programa de Descarbonização da Indústria (PID) é coordenada pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, com participação dos ministérios de Minas e Energia, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“Esse projeto vai apoiar a missão número 5 da Nova Indústria Brasil, que trata da bioeconomia, descarbonização, transição e segurança energética”, comentou o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg.
Segundo a pasta, o documento propõe uma estratégia para acelerar a transição de setores industriais intensivos em emissões, como cimento, aço, alumínio, químicos e fertilizantes.
“Mostramos nosso pioneirismo e a qualidade do trabalho que vem sendo construído pelo governo na transição para uma economia de baixo carbono — o futuro da indústria é verde, e o Brasil está pronto para liderar este processo”, concluiu Rollemberg.
O país finalizará nos próximos meses seu plano de investimentos, que incluirá projetos estratégicos, mecanismos de financiamento e ações para atrair recursos privados, antes de enviá-lo para avaliação do Comitê do CIF, diz o MDIC.
O Fundo de Investimento Climático canaliza financiamento concessional por meio de seis bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Europeu de Desenvolvimento e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Eixos