O Brasil alcançou uma redução de 32,4% no desmatamento em 2024 em comparação com o ano anterior, marcando o segundo ano consecutivo de queda e o maior declínio desde o início dos registros do MapBiomas há seis anos. A Amazônia teve uma redução de 17% na perda de vegetação nativa. Especialistas atribuem essa redução a uma combinação de fatores, incluindo a reativação de políticas ambientais anteriormente abandonadas, o aumento da fiscalização ambiental e a implementação de ferramentas como o histórico ambiental exigido por bancos antes da concessão de créditos. Apesar dos avanços, o Brasil continua sendo o país que mais desmata no mundo, com a perda de 9,8 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos seis anos.
Entre a seca histórica e a enchente severa: a Amazônia sofre com os extremos climáticos

Quando não é a estiagem histórica, é a cheia devastadora. O ciclo de extremos que se intensificou nos últimos anos voltou a impactar duramente o Amazonas em 2025. Vinte municípios já decretaram emergência devido às enchentes com prejuízos sociais diretos para ribeirinhos, comunidades indígenas, agricultores familiares e cidades ribeirinhas inteiras. Os rios Solimões, Juruá, Purus, Madeira, Jutaí e Amazonas transbordaram, comprometendo moradias, plantações, estruturas urbanas e a logística de abastecimento de dezenas de cidades. Enquanto isso, o Serviço Geológico do Brasil emitiu alerta de novas inundações nas principais bacias da região. Mesmo em meio à cheia, especialistas já alertam para o risco de nova seca severa no segundo semestre. Em 2023 e 2024, a seca histórica causou um prejuízo estimado de R$ 1,6 bilhão apenas no estado do Amazonas, segundo dados do governo estadual. É urgente reconhecer que os eventos extremos não são mais exceções, são a nova regra. A Amazônia precisa de políticas públicas robustas, previsibilidade climática e investimentos em infraestrutura resiliente para proteger sua população e sua economia.
Projeto de Lei propõe proibição da exploração de petróleo e gás na Amazônia

O Projeto de Lei 1725/2025, apresentado pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) em 16 de abril de 2025, propõe a proibição da oferta de novos blocos para exploração de petróleo e gás natural na Amazônia. Além disso, obriga a recuperação ambiental das áreas com atividades de produção desses hidrocarbonetos na região. A proposta altera a Política Energética Nacional (Lei 9.478/97) e prevê um plano de transição para as operações em curso nas áreas proibidas, incluindo prazos para redução e encerramento das atividades, requalificação de trabalhadores, recuperação ambiental, incentivos a energias renováveis e o monitoramento de todas as etapas com participação popular. Atualmente, o projeto aguarda despacho do Presidente da Câmara dos Deputados para definição das comissões pelas quais tramitará. Após essa etapa, será analisado pelas comissões designadas e, se aprovado, seguirá para votação no plenário. É fundamental que a bancada amazônica esteja atenta e se posicione com responsabilidade, não negando o debate ambiental, mas garantindo que ele seja conduzido com visão regional, diálogo técnico e respeito à soberania territorial da Amazônia brasileira.
ProFloresta+: BNDES e Petrobras selam parceria histórica para reflorestamento e mercado de carbono

O BNDES e a Petrobras lançaram o programa ProFloresta+, que prevê a recuperação de até 50 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia e a geração de 15 milhões de toneladas em créditos de carbono. Na primeira fase, serão restaurados 15 mil hectares com investimento inicial de R$ 450 milhões e previsão de geração de 4.500 empregos. A iniciativa marca a primeira compra estruturada de créditos de carbono de restauração com financiamento garantido no Brasil. O projeto é promissor e exige atenção à transparência nos critérios de seleção, uso prioritário de espécies nativas e monitoramento efetivo dos impactos sociais e ambientais. Com esses pilares, o ProFloresta+ pode se tornar referência internacional em reflorestamento com justiça climática.
Pará apresenta avanços em políticas ambientais em conferência internacional nos EUA
O estado do Pará destacou suas iniciativas ambientais durante a conferência Amazonian Leapfrogging 3.0, realizada nos dias 8 e 9 de maio na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Representando o governador Helder Barbalho, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio Romão, apresentou estratégias para proteger e restaurar as florestas, fortalecer os serviços ecossistêmicos e promover a bioeconomia sustentável. Durante o evento, que reuniu lideranças da ciência, política, finanças e sociedade civil, Romão enfatizou o pioneirismo do Pará em políticas climáticas, destacando a primeira concessão de restauração do Brasil, que permite à iniciativa privada restaurar terras públicas com incentivo por meio de créditos de remoção de carbono. Além disso, anunciou o lançamento do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, previsto para outubro, que visa promover empreendimentos da bioeconomia em escala e desbloquear o potencial da biodiversidade regional. O secretário também ressaltou que as questões climáticas estão interligadas à perda de biodiversidade, produção de alimentos e padrões de consumo, exigindo soluções abrangentes.
Festival de Parintins é lançado em Brasília com presença de autoridades e homenagem na Câmara dos Deputados

O Festival Folclórico de Parintins 2025 foi oficialmente lançado em Brasília, na Casa da Energia da Eneva, reunindo autoridades, artistas e representantes dos bois Caprichoso e Garantido. O evento contou com a presença do governador do Amazonas, Wilson Lima, e dos presidentes das agremiações, Rossy Amoedo (Caprichoso) e Fred Góes (Garantido), que destacaram a importância do festival para a cultura e a economia da região. Durante o lançamento, foram apresentadas as novidades para a edição deste ano, que promete ser uma das maiores da história. O governador Wilson Lima ressaltou o apoio do governo estadual ao evento e a importância de parcerias com o setor privado para fortalecer a cultura amazônica. Em paralelo ao lançamento, o deputado federal Pauderney Avelino (União-AM) propôs e presidiu uma sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem aos bois de Parintins. A cerimônia contou com a participação de diversas autoridades, incluindo o prefeito de Parintins, Mateus Assayag, o secretário executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Durante a sessão, foram destacadas a relevância cultural do festival e sua contribuição para a identidade nacional. O Festival de Parintins 2025 acontecerá nos dias 27, 28 e 29 de junho, prometendo encantar o público com apresentações grandiosas dos bois Caprichoso e Garantido, reafirmando a riqueza e a diversidade cultural da Amazônia.
Indústria brasileira cresce 1,2% em março; Amazonas lidera com alta de 5,6%

A produção industrial brasileira registrou crescimento de 1,2% em março de 2025, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O destaque ficou para o estado do Amazonas, que apresentou a maior expansão entre as unidades federativas, com alta de 5,6% na produção industrial em relação a fevereiro. Além do Amazonas, outros estados da região amazônica também mostraram desempenho positivo. O Pará, por exemplo, registrou crescimento de 4,6% na produção industrial no mesmo período . Esse cenário reflete a resiliência e o potencial de recuperação da indústria na região amazônica, especialmente após os desafios enfrentados nos últimos anos, como a seca histórica de 2023-2024, que impactou significativamente a logística e a produção industrial. Esses resultados indicam uma tendência positiva para a indústria na região amazônica, reforçando a importância de políticas públicas e investimentos que promovam o desenvolvimento sustentável e a diversificação econômica.
Nova gestão da Ação Pró-Amazônia reforça compromisso com o desenvolvimento sustentável da região

A Ação Pró-Amazônia, associação que congrega as Federações das Indústrias dos Estados da Amazônia Legal, anunciou sua nova diretoria para o biênio 2025-2026. Com sede em Brasília, a entidade tem como missão promover a integração das diretrizes e ações das federações associadas, visando ao desenvolvimento socioeconômico sustentável da região. A nova gestão assume com o desafio de fortalecer a representatividade da indústria amazônica no cenário nacional, promovendo políticas públicas que conciliem desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Entre as prioridades estão a defesa de incentivos fiscais específicos para a região, investimentos em infraestrutura logística e energética, e o estímulo à bioeconomia e à inovação tecnológica. A nova diretoria da Ação Pró-Amazônia para o biênio 2025-2026 é composta pela presidente Izabel Cristina Ferreira Itikawa, da FIER (Federação das Indústrias do Estado de Roraima); pelo vice-presidente Edilson Baldez das Neves, da FIEMA (Federação das Indústrias do Estado do Maranhão). Com uma liderança renovada e pautada no diálogo entre os setores público e privado, a Ação Pró-Amazônia busca posicionar a indústria da região como protagonista na agenda de desenvolvimento sustentável do país.