A Amazônia, com sua rica biodiversidade de fauna e flora, reúne condições propícias para desenvolver a bioeconomia de forma econômica e sustentável, a partir de produtos ou insumos oriundos dos recursos naturais, o que se torna um diferencial de comercialização, pelo fato de agregar valor ao produto. A grande pergunta é: a bioeconomia na Amazônia já superou a fase do discurso e passou para a etapa de negócios estruturados? Entrevistados pela Revista PIM Amazônia, representantes do governo federal, governo estadual, empresas de pesquisa sobre biodiversidade amazônica e empreendedores dão suas opiniões a respeito do tema.
O Diretor-Geral do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), Marcio Miranda, avalia que independente dos progressos já realizados no desenvolvimento da bioeconomia no Brasil e, em particular, na Amazônia, a dinâmica econômica da região ainda está centrada nos setores de exploração de produtos minerais, na agropecuária e no turismo.
No entanto, o dirigente do centro adverte ser clara a tendência de um maior aproveitamento da biodiversidade amazônica em produtos e processos inovadores, muitas vezes puxados pela demanda de uma sociedade que já escolhe produtos que não agridam o meio ambiente ou que sejam produzidos por insumos não sustentáveis.
“QUEREMOS APROVEITAR ESTE MOMENTO PARA REAFIRMAR O VALOR DA NOSSA BIOECONOMIA E DA ZONA FRANCA DE MANAUS” NELSON AZEVEDO, VICE-PRESIDENTE DA FIEAM
“Não é um movimento ainda muito forte no nosso país e região, mas as Biobased Societies tomam forma e são muito exigentes em termo de consumo sustentável”, menciona Miranda, destacando que são muitos os avanços que têm acompanhado à frente do CBA e não se referem somente à menção do aproveitamento dos produtos mais conhecidos e consumidos na região ou fora dela. Alguns exemplos apontam que é crescente o quantitativo e a qualidade de recursos humanos formados na região, pelas suas universidades e centros de pesquisa”, completa.
Segundo Marcio Miranda, a bioeconomia começa a ser organizada e fomentada pelas agências dos estados da região e pelo Governo Federal, direcionando mais recursos para a ampliação da infraestrutura de pesquisa e para a inovação, inclusive no interior dos estados. Ele aponta que o número de startups que desenvolvem produtos e serviços baseados na natureza é crescente.
O próprio CBA, informa, deverá hospedar cerca de 15 startups em suas dependências até o final do ano. A marca “Amazônia”, destaca, cresce de valor e selos de qualidade e certificações de origem a partir de ativos da biodiversidade regional, ressaltando ainda que o ecossistema de inovação se amplia e sofistica, com atores que já atuavam ou que passam a atuar ao longo do processo produtivo ligado à bioeconomia. “O CBA tem acompanhado todos esses movimentos, além de implantar processo de inteligência de mercado que sirva de orientador para novos investimentos”, assinala.
Se tratando de cadeias produtivas oriundas da biodiversidade amazônica, que apresentam maior potencial de escala industrial e geração de valor agregado, Marcio Miranda aponta as cadeias da produção do cacau, da castanha do Brasil, do açaí, do guaraná e de outras frutas tropicais como o cupuaçu e a graviola, todas ainda em estágio incipiente de industrialização, à exceção do cacau. O dirigente destaca ainda cadeia de valor de alimentos encontrados nos principais pescados dos rios amazônicos, importantes, como a do pirarucu manejado e do tambaqui cultivado, além do aproveitamento artesanal de dezenas de peixes muito apreciados pelas populações locais na sua alimentação, para não falar na comercialização de peixes ornamentais.
“ESTAMOS SEGUROS DE QUE INVESTIR NA PROMOÇÃO DE BIONEGÓCIOS É A MELHOR POLÍTICA PÚBLICA PARA A REGIÃO” RODRIGO ROLLEMBERG, SECRETÁRIO DA SEV
Com relação aos principais gargalos, que impedem o conhecimento científico se transformar, efetivamente, em produto ou serviço de bioindústria, Miranda disse que o foco de atuação do Centro de Bionegócios da Amazônia reside na agregação de valor progressiva ao longo de todos os elos das principais cadeias produtivas, especialmente aquelas que possuem, nas suas bases, atividades de extrativismo sustentável (como a do pirarucu), o cultivo de espécies amazônicas (como o cacau), de forma a atrair investimentos em novos negócios e fazer com que produtos inovadores cheguem e permaneçam de forma competitiva em mercados de volumes variados, com geração de emprego e renda em toda extensão da cadeia, de forma equilibrada.
O dirigente do CBA destaca ainda alguns pontos chave, como a importância de organizar as cadeias produtivas de modo a que a oferta de matérias-primas aconteça ao longo do ano, investir em infraestrutura de beneficiamento primário com agregação de valor local, inclusive em áreas com maior potencial no interior da Amazônia, bem como realizar rodadas de negócios para atração de investimentos, desenvolver tecnologias para o aproveitamento integral de frutos e peixes amazônicos, com a produção de produtos de alto valor agregado, além de abrir canais de comercialização nas pontas das cadeias produtivas.
Para exemplificar a dificuldade deste segmento, o CBA desenvolveu a tecnologia de micropropagação do Curauá, para fim de aceleração da produção de mudas de alta qualidade. “Por outro lado, existem muito poucos produtores de curauá que se beneficiam desse conhecimento, inibindo a oferta em quantidade de uma das mais resistentes fibras naturais”, mencionou.
PESQUISA REGIONAL
A Embrapa Amazônia Ocidental, Amazonas, tem uma gama de produtos trabalhados pelos pesquisadores, com chances de se transformar em novos produtos bioindustrial nos próximos anos. O açaí, guaraná, cupuaçu, mel de abelhas e alimentos biofortificados, são horizontes bem próximos de serem potencializados nos próximos cinco anos. O pesquisador Everton Rabelo Cordeiro, chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, disse que a empresa tem intensificado seus trabalhos em cada um deles, como os açaís amazônicos. Com relação ao guaraná, tem investido em materiais mais produtivos e uma cultivar, a noçoquém, nome de um guaranazeiro selecionado pela Embrapa que está sendo indicado para propagação por semente, até então a empresa recomendava reprodução por clonagem, usando estacas da planta,
Se tratando do cupuaçu, o pesquisador informa que a empresa tem trabalhado com maior teor de manteiga, muito requerido hoje pela indústria e pelos consumidores. O mel de abelhas sem ferrão, tem sido cada vez mais demandado, sobretudo nas áreas em que se trabalha com a produção orgânica. No caso do mel de abelhas, as melíponas, ele disse que têm sido identificadas propriedades agregadas ao mel das plantas e que elas polinizam. Se tratando do guaraná, tem trazido características energéticas, enquanto o açaí, tem trazido propriedades extremamente relevantes para a nutrição e para a saúde. “Nós percebemos que as variedades, as plantas ligadas à floresta e a própria manutenção dela na biodiversidade, têm sido fortes indícios para uma grande evolução nessa área”., assinala.
Com relação a articulação entre ciência, setor produtivo e políticas públicas para acelerar a transformação da biodiversidade em negócios sustentáveis, Everton Cordeiro informa que a parceria com instituições e a relação de articulação tem sido muito intensa. Nos dois últimos anos, tem firmado parcerias com instituições que até então não tinha, e que trabalham muito com a ciência e até em áreas de informática e isso tem trazido grandes possibilidades.
Segundo o pesquisador, essa busca de parcerias com essas instituições, vai ser uma nova crescente da Unidade Embrapa Amazônia Ocidental, como também a própria identificação de oportunidades com micro-organismos e bioativos da Amazônia. Everton Cordeiro destaca que nos laboratórios da Embrapa Amazônia existe uma quantidade significativa de micro-organismos já identificados, mapeados, que tem evoluído em escala para fazer parcerias com diferentes setores, a fim de aprimorar esses materiais e refinar esses produtos.
“Alguns apontando para biorremediação, outros para tratamento de doenças tanto humanas quanto de plantas e animais, alguns para condução de eletricidade, tudo a partir do que tem sido identificado e mapeado no nosso bioma amazônico. Então acreditamos que esses negócios serão também oportunidades de se tornarem sustentáveis, sobretudo para as comunidades no Amazonas, na Amazônia e nas regiões de onde esses materiais estão sendo coletados”, assinala Everton Cordeiro.
REINDUSTRIALIZAÇÃO VERDE
“NÓS PERCEBEMOS QUE AS VARIEDADES, AS PLANTAS LIGADAS À FLORESTA E A PRÓPRIA MANUTENÇÃO DELA NA BIODIVERSIDADE, TÊM SIDO FORTES INDÍCIOS PARA UMA GRANDE EVOLUÇÃO NESSA ÁREA”, EVERTON RABELO CORDEIRO, CHEFE-GERAL DA EMBRAPA
Desde que o Governo Federal anunciou sua intenção de colocar a bioeconomia como eixo da reindustrialização verde do país e o desejo de impulsionar esse setor na Amazônia, o termo “bionegócios” tem ganhado destaque. O Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioeconomia, Rodrigo Rollemberg, disse que preliminarmente é preciso deixar claro que a reindustrialização passou a ocupar lugar estratégico na geopolítica mundial nos últimos tempos e no Brasil não poderia ser diferente. “Diferente de outros países, por aqui temos a oportunidade de utilizar o momento favorável para que nossa reindustrialização ocorra em novas bases, sob novos parâmetros, ao mesmo tempo em que aproveitamos nossa biodiversidade sem paralelo no mundo, para promovermos uma indústria “mais verde” e sustentável”, frisa.
Com base em dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rodrigo Rollemberg aponta que cerca de 40% da economia mundial depende de produtos originados da biodiversidade e de seus componentes. Neste sentido, o coordenador aponta que a indústria nacional possui potencial para ser protagonista na geração de inovações voltadas ao uso sustentável desses recursos, especialmente nas áreas de biocombustíveis e na produção de insumos que abastecem setores como o alimentício, químico, têxtil, farmacêutico e de cosméticos.
“Então, quando observamos o cenário que se apresenta no horizonte, não fica difícil concluir que a Amazônia possui todos os requisitos para ser protagonista no processo de neondustrialização “verde”, ou sustentável. Mais do que isso, nos parece que se trata da vocação natural da região, a única que ainda possui a maioria de suas florestas preservadas e pode encontrar na bioindústria a vocação para um desenvolvimento sustentável, tanto no aspecto ecológico e humano, quanto econômico”, assinala.
Ao ser perguntado sobre o que o “Nova Indústria Brasil” oferece hoje como estímulo direto à instalação de indústrias na região Norte e se há recursos, infraestrutura e políticas claras sobre o assunto, o secretário disse que a Nova Indústria Brasil (NIB) possui diferentes missões, todas voltadas para a recuperação da indústria como fator de desenvolvimento e geração de empregos de qualidade, além de diminuir a dependência nacional de fornecimento externo, especialmente em produtos estratégicos.
Rodrigo Rollemberg informa ainda que dentro da NIB, a Missão nº 5 foi pensada como forma de impulsionar a bioeconomia, descarbonização e transição energética, garantindo recursos para as futuras gerações, ao tempo em que colabora para a revitalização da indústria nacional, mediante a promoção do desenvolvimento sustentável, em Bioeconomia, Descarbonização, Transição e Segurança Energética.
Se tratando de recursos, Rollemberg disse que o governo federal já anunciou investimentos que superam R$ 450 bilhões, quando somados recursos públicos e privados e não faltam recursos, em diferentes fontes como BNDES, FINEP, Fundos Públicos e Privados, para projetos voltados à instalação de indústrias, em especial aquelas cuja atividade esteja vinculada ao desenvolvimento de novos produtos, por meio de pesquisa e inovação.
“Quando levamos em consideração a região Norte, os incentivos à bioindústria poderão ser acessados por meio de diferentes órgãos e entidades locais, algumas delas sob supervisão do Governo Federal, como a Suframa e o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), ambas vinculadas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No âmbito da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV) do MDIC, temos trabalhado ativamente, em articulação com ICTs locais, na Amazônia, bem como junto ao Conselho de Administração do CBA, para otimizar os recursos disponíveis na Lei de Informática da Zona Franca de Manaus, mediante o direcionamento para investimentos voltados para bionegócios”, informa Rodrigo Rollemberg.
O secretário destacou ainda que em 2024 foi instituída a Estratégia Nacional de Bioeconomia, pelo Decreto nº 12.044/2024, que visa coordenar e implementar políticas públicas destinadas ao desenvolvimento sustentável da bioeconomia no Brasil. Entre os objetivos da estratégia estão incluídos a promoção e a inovação tecnológica, incentivar o uso sustentável dos recursos naturais e fortalecer cadeias produtivas baseadas em recursos biológicos renováveis. Além disso, a estratégia busca integrar diferentes setores governamentais e fomentar parcerias entre o setor público, a iniciativa privada e a sociedade civil para impulsionar a economia verde e a conservação ambiental no país
“Estamos seguros de que investir na promoção de bionegócios é a melhor política pública para a região, por aliar desenvolvimento e sustentabilidade, em setores que a Amazônia e o Brasil possuem todas as condições necessárias para liderar mundialmente”, sintetizou Rodrigo Rollemberg.
AGENDA NACIONAL
Em encontro realizado em Manaus, neste mês de maio, para tratar sobre os Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050, promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), o tema bioeconomia aparece nas propostas de planejamento de longo prazo. Representantes do governo estadual, da academia, do setor produtivo e da sociedade civil, defenderam temas com foco em inovação, fortalecimento da bioeconomia, valorização dos conhecimentos tradicionais, soberania tecnológica e superação das desigualdades regionais.
O secretário da Sedecti, Serafim Corrêa, destacou a importância de ouvir os estados para a formulação de uma agenda nacional que considere a diversidade regional. Corrêa disse que a bioeconomia é um modelo de desenvolvimento sustentável com estímulos aos investimentos e diversificação das atividades econômicas. De acordo com o secretário, com a nova legislação – revisão da Lei nº 4.419, que agora reconhece oficialmente a bioeconomia, como essencial para o desenvolvimento sustentável do Amazonas, conforme a Lei 7.303, de 7 de janeiro de 2025, publicada no Diário Oficial do Amazonas -, o Governo estadual reafirma seu compromisso com o crescimento sustentável, a valorização das comunidades locais e a conservação dos recursos naturais da floresta.
Presente no encontro, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, afirmou que o setor produtivo está empenhado em contribuir com ideias que atualizem e fortaleçam a matriz econômica regional. “Queremos aproveitar este momento para reafirmar o valor da nossa bioeconomia e da Zona Franca de Manaus, com foco na geração de tecnologia, inovação e valorização dos nossos recursos naturais de forma sustentável”, sintetizou.
RISCOS X OPORTUNIDADES
O advogado Atila Denys, da Axcell Aceleradora de Negócios, avalia que os riscos em investir na bioeconomia, neste momento, está na falta de negócios, empreendedores com talento, inspiração, determinação e vontade de empreender. “Ainda não temos atividades que possa escalar economicamente, além do mais, com o custo atual do dinheiro, não há estímulo do investidor em tirar o recurso do mercado financeiro para fazer investimentos de longo prazo e de risco”, assegura.
Com relação a oportunidades, o empreendedor admite que tem feito negócios, ‘mas sempre é mais do mesmo’. Diante desse cenário, Denys adverte que torna-se necessário investimentos em pesquisa e desenvolvimento para a descoberta de novas tecnologias para o segmento de alimentação, cosméticos e medicamentos. “Isto requer capital resiliente e de longo prazo”, assinala.
Se tratando de um ambiente minimamente seguro e atrativo ao capital privado, Atila Denys avalia que com as taxas de juros atuais, é impossível atrair capital privado para investimento de forma geral e ainda mais na bioeconomia. “Investir hoje na bioeconomia ainda tem um grande risco na sobrevivência dos negócios, na escalabilidade dos mesmos!” disse.
No tocante ao capital de risco para ativos da floresta, o empreendedor admite que o capital de risco ainda está muito longe dos ativos da floresta. “Estamos ainda na dependência dos editais e dos recursos subsidiados e incentivados, estes recursos teriam que ter um pouco mais de flexibilidade na sua utilização, já que grande parte deve ser investido em P&D – que é necessário para a criação de novos produtos e negócios, mas também teria que ter mais abrangência na capitalização das empresas para atenderem as demandas de mercado”, sintetiza.
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Warning: Invalid argument supplied for foreach() in /home/pimamazonia/www/wp-content/themes/astra/inc/extras.php on line 548
Rolar para cima
Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.AceitoSaiba Mais