A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (9/10) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados aplicados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A ação conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpre 66 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados do Amazonas, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal.
Segundo nota divulgada pela corporação, o objetivo da operação é aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
A primeira fase da Operação Sem Desconto foi deflagrada em abril deste ano, quando a PF e a CGU identificaram irregularidades em descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões concedidas pelo INSS. Esses descontos eram realizados sem autorização dos beneficiários, gerando prejuízos significativos.
Estima-se que entidades envolvidas no esquema tenham descontado indevidamente cerca de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024. Na ocasião, pelo menos seis servidores públicos foram afastados de suas funções. A gravidade do caso levou à criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) no Congresso Nacional para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos.
Com informações da assessoria de comunicação