A balança comercial de setembro de 2025 reafirma o peso da economia amazonense no cenário nacional. Impulsionado pelo Polo Industrial de Manaus (PIM), o estado movimentou US$ 1,53 bilhão em sua Corrente de Comércio, resultado da combinação de US$ 66,9 milhões em exportações e US$ 1,46 bilhão em importações.
Mesmo diante do déficit de US$ 1,39 bilhão, o comportamento das importações dá o tom positivo do período: a alta das compras externas revela o dinamismo da produção industrial e a confiança das empresas que abastecem o parque fabril local. De janeiro a setembro, o Amazonas já soma US$ 12,56 bilhões em importações de insumos destinados ao PIM, o equivalente a 78% do total de 2024, quando o Estado atingiu o recorde histórico de US$ 16,14 bilhões.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa, o resultado demonstra vitalidade.
“Esses números mostram que o Polo Industrial de Manaus segue firme, gerando empregos, renda e movimentando a economia do nosso estado. O crescimento das importações reflete o fortalecimento das linhas de produção e a confiança das empresas que aqui estão instaladas”, destacou.
Ritmo industrial em alta
Os dados de setembro reforçam a vocação industrial do Amazonas: 85% das importações do mês foram de Bens Intermediários, matérias-primas e componentes usados nas fábricas, que somaram US$ 1,24 bilhão. Esse desempenho mantém acesa a expectativa de expansão do PIM até o fim do ano.
A China se manteve como principal parceira comercial nas importações, puxada pelo item “Outros suportes gravados, para reprodução de fenômenos diferentes de som ou imagem”, com US$ 72,82 milhões. Os Estados Unidos ocuparam o segundo lugar, impulsionados pelas compras de óleos de petróleo, que totalizaram US$ 24,42 milhões.
Exportações puxadas pela Colômbia
No front das exportações, o Amazonas teve na Colômbia seu principal destino de vendas externas em setembro. O item “Outras preparações alimentícias” liderou o desempenho, com US$ 5,93 milhões, o que corresponde a 62% do total exportado. Logo depois aparece a Argentina, com destaque para as motocicletas de cilindrada entre 250 cm³ e 500 cm³, que renderam US$ 3,74 milhões, equivalentes a 44% das vendas para o país.
Interior ganha protagonismo
O comércio exterior também movimentou os municípios do interior. Presidente Figueiredo ficou na dianteira das exportações, com US$ 6,42 milhões em ferro-ligas enviadas à China. Na sequência, Itacoatiara exportou US$ 2,87 milhões em soja triturada, também destinada ao mercado chinês.
No sentido oposto, Itacoatiara importou US$ 5,99 milhões em óleos de petróleo da Rússia, enquanto Nova Olinda do Norte registrou US$ 3,4 milhões na compra de veículos aéreos e espaciais dos Estados Unidos.
Expectativa de recorde
Com o desempenho acumulado nos nove primeiros meses do ano, o governo estadual projeta um fechamento de 2025 com novos recordes.
“A manutenção desse ritmo indica um ano promissor. O cenário evidencia o potencial competitivo do Polo Industrial de Manaus, que continua atraindo investimentos, ampliando linhas de produção e consolidando o Amazonas como um importante player do comércio exterior brasileiro”, avaliou o secretário Serafim Corrêa.
Com informações da assessoria de comunicação