O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) concluiu em 2 de outubro, em Manaus, o ciclo regional dos diálogos do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio). O encontro reuniu 54 pessoas, entre representantes de governos, setor privado, academia e sociedade civil, no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), na capital amazonense, com o objetivo de discutir e consolidar propostas que serão submetidas à consulta pública do plano.
Ao fazer um balanço dos encontros realizados nas cinco regiões do país, a secretária nacional de Bioeconomia do MMA, Carina Pimenta, destacou a qualidade e a diversidade das propostas recebidas.
“Os diálogos mostraram que há uma construção consistente de políticas estaduais e regionais de bioeconomia já em curso. Essa convergência com os estados dá tração à bioeconomia e acelera sua tradução em novas cadeias produtivas, empregos e inovação”, afirmou. “Também ficou clara a necessidade de estratégias integradas de políticas públicas ambiental, industrial, ciência e tecnologia, fazendária e de desenvolvimento regional para que isso se desdobre em resultados concretos no território, que alinhem conservação com geração de riqueza e desenvolvimento”, acrescentou a secretária.
O documento definirá diretrizes para a atuação do setor nos próximos 10 anos, para fortalecer a biodiversidade e suas cadeias produtivas sustentáveis e acelerar a inovação em todo o país.
Durante o evento, a diretora do Departamento de Políticas de Estímulo à Bioeconomia da Secretaria Nacional de Bioeconomia do MMA, Bruna De Vita, falou sobre a relevância desses espaços de discussão ao longo do processo de consulta pública. “Em cada encontro debatemos os dilemas, as questões, as dificuldades e as oportunidades da bioeconomia como modelo de desenvolvimento. Esses encontros garantem que o plano terá a cara do Brasil”.
Ela também enfatizou a atuação conjunta com outros ministérios e a necessidade de integrar políticas já existentes. “Temos hoje uma bioeconomia bastante pujante, refletida em diversas políticas públicas. O desafio é articular essas iniciativas e construir um plano que, além de conservar a natureza, seja um modelo de inclusão social e um importante instrumento de desenvolvimento regional”, explicou.
A segunda etapa da consulta pública do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia foi encerrada no último sábado (4/10). Ao todo, 575 contribuições — coletivas e individuais — serão analisadas pela Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio), que deliberará sobre a versão final do PNDBio.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima