A Petrobras informou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que o custo estimado para perfurar o primeiro poço exploratório de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas é de R$ 842,4 milhões. O valor foi detalhado em resposta encaminhada ao órgão ambiental na quinta-feira (16/10), como parte do processo de licenciamento da atividade.
De acordo com o documento, o montante é composto por R$ 793,3 milhões de valor de referência, referentes à implantação da atividade, R$ 46,7 milhões destinados a planos, programas e projetos de mitigação de impactos, além de R$ 2 milhões em garantias, apólices e seguros internacionais para resposta a emergências. Outros R$ 379 mil correspondem a custos com o licenciamento ambiental.
A estatal informou ainda que o cálculo não inclui tarifas e impostos sobre operações bancárias, garantias, cauções e apólices relacionadas a fornecedores. Esses valores, segundo a empresa, não fazem parte do total estimado de R$ 842,4 milhões.
Enquanto o processo de licenciamento segue em análise, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma que a Petrobras já desembolsou mais de R$ 1 bilhão desde 2022 com despesas ligadas à preparação para a perfuração, incluindo R$ 543 milhões com o aluguel da sonda ODN II, R$ 327 milhões com embarcações e R$ 142 milhões com serviços aéreos. A entidade argumenta que os atrasos na liberação ambiental pelo Ibama vêm elevando os custos operacionais da estatal.
A expectativa inicial era que a licença para perfuração do bloco FZA-M-59 fosse concedida no início de outubro, após a realização da Avaliação Pré-Operacional concluída em setembro. O contrato da sonda de perfuração ODN II, firmado com a empresa Foresea, vence na próxima terça-feira (21) e prevê pagamento diário de R$ 4 milhões pela Petrobras.
Com informações da Agência Eixos