Com dois dias de debates, oficinas e exposições tecnológicas, o 2º Encontro do Ecossistema de Inovação da Amazônia Ocidental e do Amapá chegou ao fim na tarde desta sexta-feira (7/11), na sede da Suframa, em Manaus, consolidando-se como uma das principais plataformas de integração entre o setor produtivo e a pesquisa científica da região. A avaliação geral dos participantes foi unânime: o evento superou as expectativas ao ampliar oportunidades de negócios e promover novas parcerias voltadas à transformação de investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em resultados concretos para a Amazônia.
Entre os destaques da programação, o espaço de “Matchmaking” ganhou protagonismo ao reunir empresas, startups e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) interessadas em cooperação. Planejado para comportar 30 participantes, o ambiente coordenado pela empresa Hangar precisou ser expandido para mais de 50 lugares diante da alta procura. No total, quase 30 reuniões formais de negócios foram registradas, além de inúmeras conexões espontâneas formadas nos estandes de exposição.

Ao longo do encontro, o público acompanhou painéis temáticos, oficinas e mostras tecnológicas que apresentaram produtos e serviços desenvolvidos com recursos da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus. Representantes de diversos setores discutiram soluções inovadoras aplicadas à sustentabilidade, à digitalização de processos e à economia regional baseada em tecnologia.
O encerramento foi dedicado à reflexão sobre resultados e perspectivas futuras. A sessão “Casos de Sucesso e Lições Aprendidas” abriu o último dia com relatos de empresas sobre os impactos positivos dos investimentos em PD&I e experiências de ICTs que firmaram parcerias estratégicas com o setor produtivo. Na sequência, os organizadores apresentaram um balanço geral das atividades e recolheram impressões e sugestões dos participantes para aprimorar as próximas edições.
Em discurso emocionado, o superintendente-adjunto Executivo da Suframa, Frederico Aguiar, agradeceu a presença dos parceiros e fez uma analogia entre o espírito inovador e a célebre citação “O Homem na Arena”, de Theodore Roosevelt.
“Não há palavra mais intrinsecamente ligada à inovação do que ousadia”, afirmou. Ele destacou que os protagonistas do ecossistema amazônico não são críticos à margem, mas sim “os que estão na arena, com o rosto manchado de poeira, de suor e de sangue, lutando para criar algo novo”. E concluiu: “Vocês são os homens e mulheres na arena. São vocês que ousam grandemente”.
Aguiar também ressaltou que essa ousadia precisa ser movida por uma visão inspiradora, recorrendo a Eduardo Galeano para reforçar a ideia de que “A utopia serve para isso: para caminhar”. Encerrando o discurso, citou o poeta Thiago de Mello, ao afirmar: “Eu não tenho caminho novo. O que eu tenho de novo é o jeito de caminhar”.

A cerimônia final incluiu agradecimentos formais a instituições parceiras como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), além de empresas e fundações que contribuíram para a realização do evento, entre elas, Samsung, Digiboard, Positivo Tecnologia, Sidia e Fundação Matias Machline. Segundo Aguiar, o “compromisso e transparência” de todos os envolvidos foram determinantes para o êxito da segunda edição do encontro, que reafirmou o protagonismo da Amazônia na agenda nacional de inovação.
Com informações da Suframa
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