Durante o segundo dia da COP30, nesta terça-feira, 11 de novembro, em Belém, Manaus voltou a se destacar no debate sobre soluções urbanas sustentáveis na Amazônia. A capital apresentou um projeto de saneamento básico voltado a áreas vulneráveis, considerado um dos casos mais replicáveis da região. O modelo foi exibido no estande do Instituto Aegea e destacou as transformações obtidas com o programa de tratamento de esgoto em comunidades sobre palafitas, como o conhecido “beco do Nonato”.
O prefeito David Almeida reforçou que o avanço do saneamento é resultado de uma política pública que alia tecnologia e inclusão social.
“Estou visitando o estande do Instituto Aegea, que é responsável pelo tratamento do esgoto da cidade de Manaus, por meio da Águas de Manaus. Aqui temos o exemplo do ‘beco do Nonato’, referência para o Brasil em saneamento básico em palafitas. Avançamos de 16% para 38% no esgoto tratado da cidade. Manaus está mostrando que é possível levar dignidade, saúde e desenvolvimento, mesmo nos territórios mais desafiadores”, afirmou.

O projeto foi reconhecido como uma experiência de adaptação urbana alinhada aos eixos principais da conferência, justiça climática, inclusão social e financiamento verde. Como maior metrópole da Amazônia, com mais de 90% do território preservado, Manaus tem demonstrado que a combinação entre engenharia adaptada e inovação social pode reduzir vulnerabilidades em comunidades expostas a cheias, mudanças sazonais e impactos diretos da crise climática.
O presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, destacou o caráter inédito da iniciativa e o apoio da prefeitura na consolidação do projeto. “A região Norte ainda enfrenta grande carência de saneamento. Em Manaus, aprendemos a fazer saneamento em palafitas, muito pela visão do prefeito David, que nos apoiou a olhar para essas comunidades. Criamos a Tarifa 10, desenvolvemos tubulação suspensa adaptada ao ciclo dos rios, e essa expertise já está sendo replicada aqui em Belém, na Vila da Barca. O que vamos fazer no Pará e no Brasil inteiro tem origem em Manaus”, disse.
A tecnologia desenvolvida em Manaus hoje é vista por especialistas como modelo escalável para outros países tropicais que enfrentam realidades parecidas, ocupações ribeirinhas, déficit histórico de infraestrutura e desigualdade ambiental. O sistema contribui para melhorar a saúde pública, reduzir a poluição de igarapés, garantir resiliência hídrica e manter uma tarifa social acessível, alinhando-se às metas de financiamento climático e transição justa discutidas na conferência.

O Instituto Aegea, braço de investimento social da Aegea Saneamento, tem atuado na ampliação do impacto positivo do programa, integrando ações de educação ambiental, inclusão produtiva, diversidade e proteção dos recursos hídricos. Essas medidas reforçam o esforço da gestão municipal em elevar a qualidade de vida e fortalecer políticas de governança ambiental.
Com informações da assessoria
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