Amapá registrou a maior taxa de desocupação do Brasil no 4º trimestre de 2023

PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE, mostra que apesar do elevado índice de desocupação no último trimestre, em 2023 a taxa foi a menor registrada desde 2015
Macapá, capital do Amapá, em imagem aérea. Foto: Rogério Lameira/ Rede Amazônica

Da Redação, com informações do g1 AP e Ag. IBGE

O Amapá apresentou no 4º trimestre de 2023 uma taxa de desocupação de 14,2% – a maior do país no período, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada, na sexta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, na avaliação de todo o ano passado, o estado fechou o ano com a menor taxa de desocupação anual desde 2015, com 11,3%.

Os dados da pesquisa mostram que cerca de 707 mil pessoas estão em idade de trabalhar no estado, o que representa um aumento em 30 mil pessoas, (4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior).

No ano, o Brasil também bateu recorde de população ocupada, com mais de 100,7 milhões de trabalhadores. Entre os estados, o indicador subiu em 22 unidades da federação e a liderança do ranking ficou com o Amapá, uma alta de 8,6%. Veja, abaixo, outros dados do estado referentes a 2023, indicados na PNAD Contínua.

  • Taxa de informalidade: 40,1% (16ª maior entre os estados) – menor que a apresentada no trimestre anterior (43,4%) e ao 4º trimestre de 2022 (48,7%).
  • População desocupada: Estimada em 62 mil pessoas
  • População ocupada: Estimada em 375 mil pessoas
  • Nível da Ocupação: Estimado em 53,0%
  • População em Idade de Trabalhar: Estimada em 707 mil pessoas, aumentou em 30 mil pessoas, (4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior)
  • Empregados no Setor Privado com carteira de trabalho assinada: Estimados em 96 mil pessoas
  • Empregados no Setor Privado sem carteira de trabalho assinada: Estimados em 33 mil pessoas

No quarto trimestre do ano passado, depois do Amapá, as maiores taxas de desocupação foram registradas na Bahia (12,7%) e em Pernambuco (11,9%). Das treze unidades da federação que tinham níveis mais altos que a média nacional (7,4%), apenas duas não são do Norte ou do Nordeste: Rio de Janeiro (10%) e Distrito Federal (9,6%). As menores taxas estavam em Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).

Maranhão tem a maior taxa de informalidade do país

Pelos dados divulgados na PNAD Contínua, a informalidade no mercado de trabalho também é mais presente nos estados nordestinos e nortistas. Entre as unidades da federação, a maior taxa de informalidade do país foi registrada no Maranhão (57,8%), onde mais da metade da população ocupada exerce atividades informais. Segundo o IBGE, também registraram taxas acima de 50%: Pará (57,4%), Amazonas (54,6%), Piauí (53,4%), Ceará (53,0%), Bahia (52,1%), Sergipe (51,9%), Paraíba (50,8%) e Pernambuco (50,7%). Já as menores taxas foram registradas por Santa Catarina (27,6%), Distrito Federal (30,4%) e São Paulo (31,2%).

Em contrapartida, a pesquisa mostrou que a proporção de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada era bem maior no Sul (83,5%) do que no Norte (60,9%) e no Nordeste (57,3%). Os três estados sulistas apresentaram os maiores percentuais dentre as unidades da federação: Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (81,9%) e Paraná (81,7%). Os menores números eram de estados nordestinos: Maranhão (48,9%), Piauí (51,6%) e Paraíba (54,9%).

Sobre a pesquisa – A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE. Clique aqui e veja mais dados divulgados na sexta, 16, pelo IBGE.

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