As empresas de tecnologia instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) aplicaram R$ 1 bilhão e 580 milhões em atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) ao longo de 2024, segundo dados preliminares divulgados pela Suframa. Os números têm como base os Relatórios Demonstrativos (RDs) enviados ao Sistema de Acompanhamento, Gestão e Análise Tecnológica (Sagat) e abrangem projetos executados na Amazônia Ocidental e no Amapá.
O levantamento inclui 53 companhias do setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que registraram faturamento conjunto de R$ 46,35 bilhões, 7% acima do resultado de 2023. De 2020 a 2024, a exigência de aplicação em inovação cresceu 36%, refletindo a ampliação das atividades produtivas e tecnológicas do polo.
Os investimentos atendem à Lei nº 8.387/1991, que obriga as empresas beneficiadas pelos incentivos da Zona Franca a destinar ao menos 5% do faturamento líquido de vendas internas a ações de PD&I. A maioria atua na indústria eletroeletrônica, com produção de equipamentos como celulares, computadores, monitores, teclados, placas eletrônicas e terminais bancários.
A maior parcela dos recursos foi direcionada a projetos externos, realizados em parceria com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), que receberam R$ 1,12 bilhão, o equivalente a 73% do total investido. Os projetos internos somaram R$ 175,7 milhões, enquanto outras modalidades incluíram aportes em Fundos de Investimento em Participações (R$ 90,4 milhões), Programas Prioritários do Capda (R$ 80,7 milhões) e no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (R$ 63,2 milhões).
No conjunto, as empresas executaram 410 projetos, entre desenvolvimento de produtos, softwares, protótipos e capacitação profissional. Os resultados incluem 367 programas de computador, 350 publicações científicas, 185 protótipos, 130 novos processos, 37 produtos inovadores e o depósito de 25 patentes nacionais e 7 internacionais. As ações também contribuíram para a formação de mais de 30 mil profissionais e para a conclusão de 22 teses de doutorado e 18 dissertações de mestrado.
O superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação da Suframa, Waldenir Vieira, avaliou que os resultados mostram a consolidação das parcerias entre o setor produtivo e as instituições de pesquisa.
“Estamos avançando para um modelo que não apenas produz bens, mas também gera conhecimento, tecnologia e soluções com impacto real para a Amazônia e para o país”, destacou.
Com informações da Suframa