Após fim do home office, banqueiros de Wall Street deixam balneário de luxo e abalam economia local

Mansão que chegou a ser vendida por R$ 286 milhões nos Hamptons, agora custa R$ 14 milhões

Durante a pandemia, os banqueiros de Wall Street escolheram o balneário dos Hamptons – conjunto de vilas de luxo com praia – para morar enquanto faziam o home office.

O local, que fica no estado de Nova York, teve agitação no período, com restaurantes e estacionamentos lotados. Tamanho movimento levou imóveis e aluguéis a ficarem mais caros do que já eram.

Mas os preços mais caros não eram impeditivos para Wall Street. Isso porque, segundo o Business Insider, até com um salário de banqueiro júnior havia como alugar uma casa para ficar meses nos Hamptons.

Agora, as empresas estão convocando esses funcionários de volta aos escritórios. Mesmo os mais liberais dos bancos, o Citigroup quer o retorno do trabalho presencial.

Essa mudança tirou toda a “euforia” do balneário de luxo, com impacto direto no mercado de aluguel. A migração de volta a Manhattan fez muitas casas então alugadas ficarem vagas.

Além disso, os banqueiros que compraram moradia, também estão as colocando para alocação. Isso faz ter grande oferta local de aluguel, o que reduz os preços da estadia.

Outros, estão colocando suas casas à venda. Conforme o Insider, em 2021, época da alta nos Hamptons, Jim Chanos, fundador da Chanos & Co., conseguiu vender por US$ 60 milhões (R$ 286 milhões) uma mansão à beira-mar que comprou em 1991 por US$ 2,6 milhões (R$ 12 milhões). Atualmente, o imóvel está valendo quase o preço original, US$ 3 milhões (R$ 14 milhões).

Então, com o fim do home office em Wall Street, há uma desaceleração do setor imobiliário nos Hamptons.

Impacto do home office pelo mundo

Segundo um relatório do McKinsey Global Institute, o trabalho remoto tem a possibilidade de reduzir em US$ 800 bilhões (R$ 3,8 trilhões) o valor dos prédios de escritórios nas principais cidades do mundo: Nova York, Houston, São Francisco, Tóquio, Pequim, Xangai, Paris e Munique.

Fonte: CNN

Revista PIM Amazônia