Celular Seguro: conheça a ferramenta lançada pelo governo para inibir roubos

A proposta tem como meta deixar os aparelhos roubados inúteis para os criminosos, a partir da possibilidade da vítima alertar operadoras e bancos simultaneamente
Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Da Redação, com informações do g1 e Ag. Brasil

O governo federal lançou nesta terça-feira, 19, o Celular Seguro, serviço de aplicativo e site que pretende inibir roubos de celulares, garantindo o bloqueio dos aparelhos com mais agilidade e impossibilitando o acesso à linha telefônica e à aplicativos dos bancos. O aplicativo já está disponível para navegadores como Google Chrome e Microsoft Edge neste link e, a partir desta quarta-feira, 20, estará disponível também para Android e iPhone (iOS).

Com o Celular Seguro, quem tiver o celular roubado ou furtado poderá avisar de uma só vez várias instituições parceiras do governo, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e bancos.

O governo federal também prevê ampliar a parceria com operadoras de celular para bloquear o chip – e não apenas o celular – e impedir o recebimento de mensagens de texto que permitem recuperar senhas de redes sociais, por exemplo. A expansão deverá ser implementada até 9 de fevereiro de 2024, informou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Até lá, será preciso continuar bloqueando a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.

Ideia é contar com um “botão de emergência”

“Estamos construindo um botão de emergência, para que a pessoa rapidamente aperte e as operações fiquem bloqueadas, para que ela possa reorganizar sua vida com mais calma, sem ter a agonia de uma hora para outra parar sua vida para fazer 300 ligações para bloquear uma série de canais que expõem ela a crimes financeiros e golpes”, explicou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, durante o evento de lançamento da ferramenta, nesta terça-feira.

A nova plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “O objetivo é transformar o aparelho roubado em um pedaço de metal inútil. No momento em que o aparelho é bloqueado nas redes, a linha, o acesso bancário e os aplicativos de forma rápida reduz muito a atratividade do delito e reduzirá muito também os roubos e furtos”, disse.

Estatísticas – Em 2022, foram registrados 999.223 roubos e furtos de celulares no país, segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Mas, segundo Capelli, tudo indica que a subnotificação ainda é muito grande em função dos caminhos que os usuários têm que percorrer atualmente para fazer o bloqueio da linha e do aparelho.

Nesta terça-feira foram assinados memorandos com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, Santander, Itaú, Banco Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi.

Também foram firmados protocolo de intenções com empresas como Google, Uber, 99, Zetta, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Firmaram adesão ao aplicativo a Conexis Brasil Digital e as empresas Claro, Vivo e TIM.

Como funciona – Após baixar o aplicativo ou acessar o site, é preciso fazer o login por meio da conta gov.br. O usuário deverá cadastrar seu aparelho informando o número, marca e modelo. Pode ser registrado mais de um dispositivo, mas a linha deve estar cadastrada no CPF do usuário.

O sistema permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário. Em caso de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança poderá registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo.

Após descrever quando, onde e como ocorreu o problema, o sistema emitirá alertas para instituições participantes, para que tomem as ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos financeiros, do aparelho e da linha telefônica.

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