Mais de quatro em cada dez indígenas no Brasil vivem com menos de um quarto de salário mínimo por mês, segundo dados do módulo sobre Trabalho e Rendimento do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (9/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice, de 41%, é mais de três vezes superior ao registrado entre a população brasileira em geral, onde 13,3% vivem na mesma faixa de renda.
O levantamento também mostra que a desigualdade é mais acentuada entre pessoas pretas e pardas, enquanto as populações branca e amarela apresentam proporções menores de baixa renda.
De acordo com o IBGE, a renda domiciliar per capita média no país foi de R$ 1.638 em 2022. No entanto, o valor cai para cerca de R$ 1.070 nas regiões Norte e Nordeste, sobe para aproximadamente R$ 1.900 no Sudeste e Centro-Oeste, e atinge o maior patamar no Sul, com R$ 2.058.
No Norte, vivem cerca de 60% dos indígenas brasileiros, segundo o Instituto. É também onde estão alguns dos municípios com as menores rendas do país:
- Uiramutã (RR) – R$ 289 per capita;
- Bagre (PA) – R$ 359;
- São Paulo de Olivença (AM) – R$ 397;
- Tonantins (AM) – R$ 432.
O Censo mostra ainda que 76% dos domicílios do Norte têm renda inferior a um salário mínimo per capita. No Sul, essa proporção é inferior a 50%.
Com informações da Agência Brasil