Confiança da indústria tem queda em setembro

Pela primeira vem, em cinco meses, o índice, medido pela Confederação Nacional da Indústria, recuou. No entanto, segue acima da linha que separa a confiança da falta de confiança
Foto: José Paulo Lacerda/CNI

Da Redação, com informações da Agência de Notícias da Indústria

A avaliação mais negativa sobre a economia do país fez com que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuasse 1,3 ponto entre agosto e setembro, passando de 53,2 pontos para 51,9 pontos. A queda interrompeu um período de quatro meses consecutivos de avanços.

Ainda assim, a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica, que o índice segue acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança – mesmo estando abaixo da média histórica de 54,1 pontos.

A CNI ouviu 1.494 empresários, entre 1º e 11 de setembro de 2023. A queda ocorreu, principalmente, pela avaliação mais negativa do empresário industrial em relação à economia brasileira. O Índice de Condições Atuais, que mostra a avaliação sobre o momento econômico e sobre a própria empresa, manteve-se estável em 47,3 pontos. Larissa Nocko, economista ouvida pela CNI, explica que, ao permanecer abaixo da linha divisória dos 50 pontos, esse dado demonstra percepção de piora das condições atuais da economia brasileira e das empresas. “A avaliação das condições atuais segue no campo negativo desde janeiro de 2023. No entanto, essa avaliação tinha melhorado nos últimos meses e se mostrava gradativamente menos negativa. Mas esse progresso foi interrompido em setembro”, afirma.

O Índice de Expectativas caiu 2 pontos, para 54,2 pontos. Esse indicador mede a percepção do empresário para os próximos seis meses em relação à economia e à empresa. A previsão positiva para a própria empresa foi o que manteve as expectativas gerais positivas, embora o índice tenha passado de 58,6 pontos, em agosto, para 57,2 pontos, em setembro. Já as expectativas sobre a economia brasileira se deterioraram e o índice fez a transição do otimismo para o pessimismo para os próximos seis meses, com queda de 51,5 pontos para 48,2 pontos.

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