Conheça cases de profissionais que extrapolaram os laços familiares e decidiram empreender juntos

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No Brasil, não são poucos os profissionais que extrapolam os laços sanguíneos e mantêm relações de trabalho com os genitores, em uma empresa familiar. Prova é que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% dos negócios do País têm esse perfil. Mais: ao responderem por mais da metade do PIB nacional, empregam 75% da mão de obra. E quando o assunto são as franquias, é possível que este percentual seja ainda maior. Conheça cases de empresas em que pais e filhos empreendem juntos e se chamam de sócios.

Moldado pelo exemplo

Várton Marcelo Lopes Barroso, de 57 anos e é franqueado da 5àsec em São Luís, no Maranhão, desde 2004. O empresário conta que entrou para a maior rede de lavanderias do Brasil por sentir que o empreendedorismo era sua vocação, pois seus pais também eram proprietários de um negócio.

Na época, ele atuava em uma financeira e, juntamente com a esposa, Teresa Barroso, que era funcionária pública, viram que o mercado em questão não era muito disseminado na cidade em que moravam. Dessa forma, após pesquisas para escolher a melhor franquia do segmento, optaram pela 5àsec por todo conhecimento e anos de experiência como especialista têxtil.

“Quando entramos na franquia, meu filho Pedro tinha apenas 10 anos. Após o ingresso dele na faculdade, que na época optou pela Engenharia Civil, fomos dando algumas responsabilidades para ele se inteirar sobre os nossos negócios. Hoje, o Pedro já gerencia as operações sozinho. Atualmente, ele concilia os estudos de Medicina, sua nova graduação, com o trabalho dentro das lojas 5àsec. Para mim, é gratificante ter ele ao meu lado nessa jornada, que com sua entrada permitiu a melhora da empresa, pois por ser um rapaz novo, capacitado e antenado, trouxe para os negócios muitas ideias, que nos proporcionaram crescimento. Foi nítido o amadurecimento dele e os números mostram todo o seu desempenho”, diz.

O filho, Pedro Marcelo Barroso, de 28 anos, conta que a 5àsec tem uma participação importante na sua vida, pois desde muito novo viu a franquia comandada pelo pai evoluir no mercado de São Luís.

“Para mim, o jeito que o meu pai trabalha me moldou e hoje sou um profissional melhor por conta dos ensinamentos dele. Graças a ele, eu consigo gerenciar as operações, cuidar das pessoas, formar times… Tudo pensando em nosso sucesso. A 5àsec, juntamente com o meu pai, foram uma escola para mim, sendo uma preparação excelente para a vida. Só tenho a agradecer”, finaliza.

O segredo é o equilíbrio

Marcos Zoni, de 58 anos, é empresário e franqueado de duas unidades da Calçados Bibi, na capital paulista, e mais três outras marcas em um total de seis operações. Ele conta que após atuar por anos no mercado financeiro, decidiu que era a hora de seguir outro caminho profissional.

A ideia de empreender com a filha, Bruna Zoni, de 30 anos, veio após o ingresso dela na faculdade de Moda, no Instituto Europeu de Design, pensando em qual seria a área de trabalho. Juntos e após experiência em duas outras operações, resolveram investir em uma franquia da Calçados Bibi, por conciliar a experiência financeira dele, com os conhecimentos técnicos de vestuário dela. Marcos explica que, às vezes, trabalhar com a filha pode ser um desafio.

 “É preciso saber separar o pessoal do profissional, para não acabar exigindo muito, e nem ser condescendente demais. Mas, ainda assim, é muito bacana tê-la comigo no dia a dia. A sensação que tenho é que estou sempre ajudando no desenvolvimento da minha filha para que, futuramente, ela possa tocar sozinha as operações e continuar o que criamos juntos. A Bruna é uma jovem super doce e tranquila, ela equilibra o meu lado profissional que passou anos em um mercado tão duro, que é o financeiro. Agradeço a ela por me auxiliar nessa jornada”, finaliza.

Pai e Filho, sociedade de sucesso

Haroldo Aragão e o filho, Neto Araújo, são sócios em duas unidades da Casa do Celular. Haroldo já possuía três unidades que iam muito bem e Neto o ajudava na administração. Com o volume de trabalho acompanhando o crescimento das lojas, decidiram investir, juntos, em mais duas unidades.

Para Neto, a sociedade com o pai tem sido muito exitosa. “Somos bem realistas do que queremos, e a oportunidade de ser sócio e trabalhar ao lado do meu pai é um prazer e me deixa orgulhoso ver o nosso crescimento. Somos muito parceiros e isso tem feito o negócio prosperar tanto que, em breve, iremos investir juntos em novas unidades” finaliza.

Tal pais, tais filho e filhas

O espanhol, Miguel de Cervantes – autor do clássico da literatura mundial, “Dom Quixote de La Mancha” – cunhou uma máxima que Altino Cristofolletti Junior e Expedito Eloel Arena, sócios-fundadores da Casa do Construtor, não cansam de repetir: “Sonho que se sonha só é apenas um sonho. Sonho que se sonha junto se torna realidade”.

Hoje, 30 anos depois de fundarem a maior rede franqueadora de locação de equipamentos para construção civil e soluções para o dia a dia da América Latina, os amigos de juventude não apenas deram forma aos seus desejos, como pavimentaram um caminho que seus filhos fazem questão de trilhar.

No lado de Expedito, Bruno, de 41 anos, além de franqueado, atua como diretor de Expansão e sua irmã, Mariana, 37, cuida das operações próprias de Rio Claro, cidade-sede da Casa do Construtor. Já Altino tem Natalia, 30, que também é franqueada e gerencia uma parte das operações da Rede. Os três ainda fazem parte do conselho de Administração da Rede.

“Trabalhar na empresa criada por meu pai e seu sócio é uma experiência sem igual. Ele é um grande conselheiro e, a cada conversa rápida, ou mais longa, aprendo uma lição que, não só vou levar para minha vida, como vou transmitir aos meus filhos”, diz Bruno.

Sua irmã vai mais longe. “Lembro de quando a empresa surgiu e me emociono ao ver até onde chegamos e os planos que ainda temos. Quero contribuir cada vez mais com este legado que transformou, não apenas a vida da minha família, como vem fazendo o mesmo com outras”, reflete Mariana.

Natalia não só fala sobre o legado, como tem consciência de algo ainda mais importante. “O segmento de casa e construção sempre foi muito árduo para as mulheres e a Casa do Construtor é uma das empresas pioneiras na busca por equalizar isso. E saber que meu pai é uma das pessoas responsáveis por essa mudança de paradigma me deixa ainda mais feliz”, finaliza.

Injeção de ânimo própria da juventude

Franqueado do Divino Fogão desde 2002, Eduardo Caires sempre teve o desejo de fazer parte da rede, que é conhecida pela sua culinária da fazenda.

Após a experiência em ter seu negócio independente no segmento de alimentação, o empresário recebeu uma proposta para abrir uma operação da marca na zona sul de São Paulo.

De lá para cá, a família toda se interessou em imergir na cultura do Divino Fogão, tendo também a esposa, Edna Caires, investindo em uma franquia da empresa.

Pai de dois, Caires conta que partiu dos seus filhos, Matheus, de 24 anos e formado em Arquitetura, e Leonardo, de 22 anos e administrador de empresas, o interesse em atuar nos negócios da família.

“Hoje, o meu filho mais velho me auxilia na administração da loja situada no Shopping Campo Limpo, e o mais novo atua junto com minha esposa, no Shopping Taboão. A entrada deles nas operações nos trouxe um novo ânimo, pois estamos ensinando o passo a passo de como administrar as lojas e isto nos motiva muito. É um desafio quanto pai e profissional, pois temos que separar a relação, estabelecendo regras para mantermos um relacionamento saudável em todas as esferas. Porém, damos liberdade para que eles consigam desenvolver ideias para fazerem os negócios prosperarem”, comenta Eduardo, que acredita que no futuro consiga, junto com sua esposa, desacelerar nas atividades e deixar as unidades sob o comando dos herdeiros.

Engajada desde pequena

Desde que se entende “por gente”, Ebony Oliveira Zaccani, de 17 anos diz que já frequentava a loja dos pais, a franquia da iGUi, de Santa Maria (RS), aberta há 15 anos. Ali, ela costumava ficar depois da escola, passava as férias e brincava muito.

Com o tempo, as brincadeiras deram lugar ao trabalho sério. Hoje, ela atua como vendedora, administradora das redes sociais, marketing, caixa e tudo o mais que for necessário. Apesar da pouca idade, ela já vê o negócio construído por seus pais como um legado.

“Trabalhar em algo construído por eles é muito gratificante e quero me inteirar cada vez mais do negócio para dar continuidade, crescer e prosperar junto com minha família”.

Assis de Oliveira da Silva, não esconde o orgulho com a fala da filha mais nova e revela que ela está seguindo os passos da mais velha, Tayane Leão Kirchner, que já não trabalha mais com eles desde que casou. “É muito bom saber que posso conta e ver que será dada sequência no que temos construído até agora e que seremos muito bem substituídos no futuro”, emociona-se. 

De consumidora a franqueada

A empresária Bruna Vasques Pereira, 29 anos abriu um quiosque do Mr. Cheney, na universidade Insper/SP. Nascida em São Paulo, Bruna, que desde cedo acompanhou a história de sucesso de empreendedorismo do seu pai, Oswaldo Pereira Júnior, 56, que sempre empreendeu em lanchonetes em universidades, viu uma oportunidade de negócio na área de franquia.

 “A ideia em empreender como franqueada sempre esteve presente e fui conversar com o meu pai, que também é meu sócio, sobre a oportunidade de expandir os negócios em outro formato. Sou consumidora do Mr. Cheney e apaixonada pelos cookies, e a ideia de unir qualidade nos produtos, cardápio e marketing desenvolvido, tornou a ideia ainda mais atraente. Foi pensando nisso, que escolhemos investir no Mr. Cheney e continuar os negócios no universo acadêmico que considero ser um grande potencial de negócio”, explica a empresária.

Fonte: DFreire Comunicação e Negócios

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