A dívida bruta do Brasil subiu em setembro e alcançou 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 77,5% registrados no mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31/10) pelo Banco Central. Já a dívida líquida do setor público chegou a 64,8% do PIB, também em alta na comparação com agosto, quando havia sido de 64,2%.
O avanço da dívida reflete o resultado fiscal negativo do mês, quando o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 17,452 bilhões, valor que ficou em linha com a expectativa de economistas consultados pela agência Reuters, que projetavam saldo negativo de R$ 17,450 bilhões.
O resultado foi influenciado principalmente pelo desempenho do governo central, que apresentou déficit de R$ 14,944 bilhões. Estados e municípios também tiveram saldo negativo, de R$ 3,504 bilhões, enquanto as empresas estatais federais registraram superávit de R$ 996 milhões, conforme informou o Banco Central.
Dívida bruta do Brasil e desempenho fiscal preocupam analistas
Economistas avaliam que o aumento da dívida bruta do Brasil reforça o desafio do governo em equilibrar as contas públicas diante de gastos elevados e arrecadação menor que o previsto. O déficit primário entre receitas e despesas, sem considerar o pagamento de juros, mostra que o setor público ainda não conseguiu retomar o superávit registrado em anos anteriores.
A expectativa do mercado é de que o governo mantenha o compromisso com o arcabouço fiscal e busque medidas de aumento de receitas para conter o avanço da dívida pública. Segundo o Banco Central, o resultado de setembro reforça a tendência de leve deterioração das contas públicas ao longo do segundo semestre.
Leia Também: Banco Central eleva de 2,3% para 3,2% a projeção do PIB em 2024
Por Gabriele Oliveira, estagiária de jornalismo, sob a supervisão de Francisco Gomes
Com informações da Infomoney
 
											




