Em mais um dia de euforia no mercado financeiro, a Bolsa de Valores voltou a registrar recorde e se aproximou da marca histórica de 148 mil pontos. O dólar caiu pela segunda vez consecutiva, atingindo o menor valor desde o início de outubro, em um cenário de otimismo impulsionado por expectativas de corte de juros nos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou esta terça-feira (28/10) aos 147.429 pontos, com alta de 0,31%. Embora tenha ultrapassado momentaneamente os 147 mil pontos nos dois últimos pregões, essa foi a primeira vez em que o índice fechou o dia acima desse patamar, consolidando um novo marco histórico.
Dólar cai e atinge menor valor desde o início do mês
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,36, com leve recuo de 0,19%. Durante a manhã, a cotação chegou a R$ 5,39, mas inverteu a tendência no período da tarde e chegou à mínima de R$ 5,35 por volta das 15h20. A moeda norte-americana está agora no menor patamar desde 8 de outubro, acumulando alta de 0,69% no mês, mas ainda registra queda de 13,25% em 2025.
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Expectativas internacionais impulsionam otimismo
O sentimento positivo no mercado financeiro foi reforçado pela expectativa de que o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) anuncie um novo corte na taxa de juros em sua reunião desta quarta-feira (29). A possível medida pode estimular os investimentos e favorecer economias emergentes, como a brasileira.
Outro fator de otimismo foi a confirmação do encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, marcado para quinta-feira (30) na Coreia do Sul. A reunião é vista como um passo importante para reduzir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, o que beneficiou bolsas globais e a B3.
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Análise: dólar e bolsa de valores refletem confiança dos investidores
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o avanço do Ibovespa e a queda do dólar refletem um momento de maior confiança dos investidores, tanto no cenário externo quanto nas perspectivas da economia brasileira. O movimento de valorização das ações brasileiras está alinhado com o fluxo de capitais estrangeiros atraídos pelos juros reais altos e pela estabilidade fiscal.
Por Gabriele Oliveira, estagiária de jornalismo, sob a supervisão de Francisco Gomes
Com informações da Agência Brasil




