Edição 164

Editorial

Um dos principais produtores da indústria de mineração do Brasil está na Amazônia. É o estado do Pará, uma das maiores províncias minerais do mundo, que, ao lado de Minas Gerais, na região sudeste, é responsável pela maior parte da produção nacional do setor. O estado tem a mineração como responsável pela maior parte de suas exportações totais: por 84%, em 2022, segundo dados do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral). Porém, ter relevância não significa manter um crescimento contínuo.

Segundo o projeto MapBiomas, uma rede colaborativa formada por ONGs, universidades e empresas de tecnologia, a área destinada à atividade minerária industrial em 2022 permaneceu praticamente inalterada em relação a 2021, abrangendo cerca de 180 mil hectares, uma cifra próxima aos registros do ano anterior. Em 2021, essa área correspondia a menos da metade (40%) da área total dedicada à atividade minerária no Brasil, que totalizava 443 mil hectares.

Em contrapartida, o garimpo ilegal não apenas cresceu em 2022 na Amazônia, como alcançou um ápice, com um avanço sobre 35 mil novos hectares em apenas um ano – o equivalente à área territorial da cidade de Curitiba, no Paraná, para efeitos de comparação. Relatório publicado em 2022, pelo MapBiomas, mostra que a Amazônia concentra mais de 90% dos polos de garimpo do Brasil- quase metade dessa exploração (40%) teve início nos últimos cinco anos. Confira nesta edição matéria completa sobre os desafios atuais da mineração.

Na entrevista desta edição conversamos com o Senador Eduardo Braga, relator da Reforma Tributária no Senado Federal. Braga abordou os principais desafios para a composição de um consenso na aprovação do texto que sofreu ajustes no original enviado pela Câmara dos Deputados. Confira os detalhes nesta entrevista exclusiva.

Ainda nesta edição você acompanha as expectativas em torno da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) que este ano será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A PIM Amazônia ouviu um especialista em relações internacionais para entender melhor o pano de fundo da COP e os caminhos até Belém, em 2025.

Confira estes e outros assuntos nesta edição. Boa leitura!

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