EUA dizem que bombardeio a hospital em Gaza não foi ação de Israel

Presidente norte-americano sustenta opinião que seria baseada em vídeos e análise de dados de satélite. País é aliado histórico de Israel
Presidente dos EUA, Joe Biden (à esquerda), ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Foto: Evelym Hockstein/ REUTERS

Da Redação, com informações do G1 e Isto É

Uma análise preliminar feita por membros da inteligência dos Estados Unidos indica que a explosão em um hospital de Gaza teria sido causada por um foguete de origem de um grupo palestino, revelou nesta quarta-feira, 18, a porta-voz do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, Adrienne Watson.

“Embora continuemos a coletar informações, nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas e de interceptações, é que Israel não é responsável pela explosão no hospital em Gaza”, disse Adrienne.

As agências de inteligência norte-americanas levaram em consideração um vídeo mostrando o foguete vindo de uma direção diferente das posições militares israelenses, disseram autoridades para o jornal norte-americano “The New York Times.”

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enquanto discursava ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou ter visto um conteúdo feito pelo Departamento de Defesa dos EUA sobre a autoria do ataque. “Com base no que vi, parece que foi obra do outro lado, não por vocês (Israel)”.

Se confirmada, a conclusão contrariaria a versão apresentada pelo Governo de Gaza, que acusa Israel pela explosão.

Autoridades israelenses afirmaram que o foguete foi disparado pela Jihad Islâmica Palestina, um grupo aliado do Hamas, que nega a autoria.

O Ministério da Saúde de Gaza, um órgão controlado pelo Hamas, disse que 471 palestinos morreram na explosão que atingiu um hospital nesta terça-feira. No entanto, não há um consenso sobre o número de mortos. O próprio Ministério da Saúde de Gaza já deu números diferentes: logo após o incidente, o órgão afirmou em um comunicado que eram 200, mas, em um segundo momento, o porta-voz da instituição Ashraf al-Qidra deu uma entrevista a uma TV e disse que seriam 500 mortos.

Já um porta-voz da Defesa Civil afirmou que são 300 mortos. Tanto o Ministério de Saúde como a Defesa Civil são órgãos controlados por Hamas, que domina a Faixa de Gaza.

Horas após o ataque, médicos do hospital bombardeado fizeram uma coletiva de imprensa em meio a corpos. “Isso é um sinal que o mundo não caminhará em direção à paz”, afirmou um deles.

Biden anuncia ajuda humanitária a Gaza e pacote ” sem precedentes” para defesa de Israel

Durante o encontro com o presidente de Israel, nesta quarta-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou apoio financeiro de US$ 100 milhões em ajuda humanitária a Gaza, além de um pacote “sem precedentes” para a defesa de Israel contra o Hamas. Ele ressaltou que os EUA irão fornecer tudo que Israel precisa para se defender.

Biden disse que as atitudes do Hamas em 7 de outubro lembram os piores ataques do Estado Islâmico. Ele também comparou a incursão do Hamas com o ataque de 11 de setembro de 2001 nos EUA, quando aviões controlados por terroristas se chocaram contra as torres gêmeas, em Nova York, mas garantiu que Israel está “mais forte do que nunca”.

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