O Amapá começa a se mover para acompanhar o avanço da cadeia produtiva de petróleo e gás na região da Margem Equatorial brasileira. Em evento realizado nesta segunda-feira (30/06), em Macapá, empresários do setor de bens, serviços e turismo discutiram os desafios e as oportunidades que a futura exploração da costa amapaense poderá trazer à economia local.
A reunião foi promovida pela Fecomércio Amapá, com a participação de representantes do setor público e privado. A proposta foi apresentar aos empreendedores do estado caminhos práticos para integrar a cadeia de suprimentos do petróleo, da exploração à prestação de serviços logísticos, passando por alimentação, hotelaria, transporte e qualificação de mão de obra.
A palestra principal do encontro foi conduzida por Antônio Batista Ribeiro Neto, doutor em engenharia de produção e recém-nomeado diretor de Atração de Investimentos da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá). Com mais de duas décadas de experiência em projetos de negócios voltados aos setores de energia, inovação e empreendedorismo, o especialista explicou como o Amapá pode se posicionar de forma estratégica diante dos investimentos que se desenham com a exploração na Margem Equatorial.
“Acreditar neste projeto é acreditar que o Amapá será próspero em breve. O mundo já olha para o nosso estado. Precisamos, como empreendedores e profissionais, saber como atrair e aproveitar esses investimentos”, afirmou.
Durante a apresentação, Antônio destacou que o ciclo de exploração e produção de petróleo — que tem início com estudos técnicos e investimentos em infraestrutura — pode impactar positivamente diversos setores da economia, inclusive comércio, hotelaria, serviços técnicos especializados, capacitação profissional e turismo de negócios.
Preparação antecipada é diferencial competitivo
A agenda também incluiu uma fala sobre as articulações que vêm sendo realizadas com empresas como a Petrobras e com redes empresariais de outros estados. Segundo os organizadores, a ideia é que o Amapá não apenas receba investimentos, mas também se prepare com antecedência para formar mão de obra local, adaptar suas cadeias de suprimento e gerar competitividade.
O presidente da Fecomércio Amapá, Ladislao Monte, reforçou que o evento marca um esforço conjunto para que o empresariado local esteja apto a atender as futuras demandas da cadeia de óleo e gás.
“Vamos viver um momento divisor de águas para a economia do estado. Nosso papel é trazer conhecimento e ajudar na qualificação da mão de obra para que os benefícios fiquem aqui, com os amapaenses”, afirmou.
Margem Equatorial: nova fronteira energética do Brasil
A chamada Margem Equatorial brasileira, faixa litorânea que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) uma das novas fronteiras exploratórias do país. A região possui potencial promissor para a produção offshore (em alto-mar), e está na mira de grandes empresas do setor energético.
A expectativa é que, mesmo em estágio inicial, os investimentos em exploração tragam um efeito cascata positivo para as economias regionais — com a necessidade crescente por serviços de apoio, infraestrutura, transporte, alimentação e hospedagem. O Amapá, por sua localização estratégica e ainda pouco explorada, pode se destacar como hub de serviços na região Norte.
Fonte: da Redação, com informações da Agência Amapá.
