Iniciativa reuniu 115 artesãos indígenas de 15 etnias
Na 58ª edição do tradicional Festival Folclórico de Parintins, realizado no último final de semana de junho, em Parintins, a 5ª Feira de Artesanato Indígena, organizada pela Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), alcançou impressionantes R$ 950 mil em faturamento, cifra 50% superior aos cerca de R$ 630 mil de 2024.
A iniciativa reuniu 115 artesãos de 15 etnias (como Apurinã, Baniwa, Baré, Hexkaryana, Tikuna, Munduruku, entre outras), vindos de municípios como Manaus, Parintins, Nhamundá e São Gabriel da Cachoeira. O evento, que esteve localizado na Praça da Catedral da Nossa Senhora do Carmo, contou com 60 estandes ao longo dos dias do festival.
A estimativa da Fepiam indica que mais de 95 mil pessoas visitaram a feira durante o fim de semana, atraídas por produtos com grafismos tradicionais, biojoias, cestarias, cerâmicas e pinturas corporais que carregam ancestrais saberes da floresta.
Nilton Makaxí, diretor-presidente da Fepiam, ressaltou o significado cultural do grafismo indígena.
“O grafismo é uma escrita ancestral. Cada traço carrega o conhecimento dos nossos antepassados, o respeito à floresta, aos rios e à nossa história”, disse.
Além de potencializar a economia local, a feira se consolidou como um espaço intercultural: os visitantes participaram de oficinas ao vivo onde aprendiam sobre as técnicas tradicionais e o significado por trás dos grafismos indígenas — diálogo ativo promovido durante o evento.
O Festival de Parintins em si é considerado Patrimônio Cultural do Brasil e atrai, segundo a Amazonastur, cerca de 120 mil turistas por edição, mais que o dobro da população local (cerca de 96 mil habitantes). O Bumbódromo, palco central das disputas entre os bois Garantido e Caprichoso, comporta até 35 mil espectadores.
Fonte: da Redação, com informações da Agência Amazonas.
