_{Da Redação, com informações da Agência Brasil e g1}

O Fundo Amazônia captou R$ 726 milhões de países parceiros em 2023, ano em que foi retomado, após quatro anos sem captar recursos. As informações foram divulgadas na quinta-feira, 1º, pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse é o maior valor captado desde R$ 1,9 bilhão registrado em 2009.

O Reino Unido foi o principal doador, com R$ 497 milhões. Em segundo lugar, ficou a Alemanha, com R$ 186 milhões; seguida de Suíça (R$ 28 milhões) e Estados Unidos (R$ 15 milhões). Esse foi o valor efetivamente recebido pelo Fundo Amazônia. Ainda existem R$ 3,1 bilhões em doações anunciadas para os próximos anos, dos quais R$ 2,4 bilhões apenas dos Estados Unidos.

“Foi um ano curto porque precisamos recompor a equipe, construir toda uma estratégia. Conseguimos, num ano curto e com extrema dificuldade de recompor toda uma capacidade de execução, indicadores acima da história do que o banco vinha executando e das doações que vínhamos recebendo”, destacou a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

Nestes mais de 15 anos de existência, o Fundo Amazônia recebeu R$ 3,4 bilhões em doações. Os rendimentos somaram mais R$ 2,6 bilhões, totalizando R$ 6 bilhões. O valor chegará a cerca de R$ 6,5 bilhões quando internalizados no Fundo todos os valores já contratados.

Administrado pelo BNDES, o Fundo atua em apoio a projetos ligados à gestão de florestas públicas e áreas protegidas, controle, monitoramento e fiscalização ambiental, manejo florestal sustentável, entre outros.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou a diversificação das fontes de recursos, antes provenientes, principalmente, da Noruega e da Alemanha. “Estamos verificando uma dinâmica muito grande nesse sentido, e a execução do fundo era uma questão central. Essa execução bem sucedida e redução do desmatamento conjuntamente aumentam nossos argumentos e interesses dos doadores em contribuir”, pontuou.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, R$ 483,6 milhões do Fundo Amazônia já estão comprometidos com projetos aprovados e contratados ou em fase de contratação, como:

• Agroecologia em Rede: voltado a agroecologia e fortalecimento da produção orgânica no Amazonas;
• Gestão Territorial: apoiar populações indígenas no Acre;
• Amazônia Mais Segura e Soberana: fortalecimento de enfrentamento aos crimes ambientais.