Governo federal anuncia investimento recorde em Ciência na Amazônia

Serão mais de R$ 3 bilhões destinados à infraestrutura de pesquisa científica, produção de conhecimento, estímulo à inovação, entre outros sobre Mudanças Climáticas e deverá reunir dados científicos sobre a Amazônia
Ministra Luciana Santos nos Diálogos Amazônicos - Foto: Ana Danin/Pim Amazônia

Da Redação com informações do Governo Federal

Na manhã da segunda-feira, 7, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou o lançamento do programa “Mais Ciência na Amazônia”, o que representará um investimento de  R$ 3,4 bilhões em ciência na região. 

Este é o maior volume de recursos já investidos na história da ciência na Amazônia e serão empregados via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), entre 2024 e 2026.

Segundo a ministra, os recursos serão investidos para recuperar e consolidar a infraestrutura de pesquisa; aperfeiçoar os sistemas de monitoramento da Amazônia; apoiar a inovação e o desenvolvimento de cadeias produtivas; ampliar a segurança alimentar; expandir a conectividade e promover a capacitação digital; atrair e fixar pesquisadores; e preservar os acervos.

“O MCTI quer contribuir ainda mais para a implementação de políticas públicas e investimentos que gerem resultados concretos para as populações que vivem na Amazônia. Nesse sentido, anunciamos no dia de hoje um robusto programa de investimentos em ciência, tecnologia e inovação para a região amazônica”, disse a ministra Luciana Santos, durante o anúncio feito em Belém (PA), às vésperas da Cúpula da Amazônia. 

“Esse anúncio do governo federal reforça o papel da ciência para o desenvolvimento do país. Este é um momento muito importante para todas as pessoas que fazem ciência na Amazônia e no Brasil”, afirmou o reitor da Universidade Federal do Pará, Emmanuel Tourinho, presente no evento. 

 Museu Paraense Emílio Goeldi receberá mais de R$ 10 milhões 

Durante o anúncio do investimento, a ministra Luciana Santos também destacou a liberação de R$ 10,6 milhões para obras no Museu Paraense Emílio Goeldi, como a reforma do prédio da Rocinha. “Uma obra emergencial para a preservação da história da Amazônia”, definiu.

O diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, lembrou que, além dos investimentos anunciados, o MCTI foi o primeiro ministério a anunciar a realização de concurso público para preenchimento de vagas. “Esse conjunto visa não apenas promover o conhecimento da Amazônia, mas o uso sustentável e a preservação ambiental”, destacou.

Ministra também anunciou a criação do IPCC Amazônia

Ainda no domingo, 6, dentro da programação dos Diálogos Amazônicos, também em Belém, a ministra Luciana Santos, anunciou a criação do IPCC da Amazônia

A iniciativa se baseia no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, criado em 1988 com o objetivo de fornecer avaliações científicas regulares sobre a mudança do clima, suas consequências e possíveis riscos futuros. Hoje, o IPCC possui 195 países membros, entre eles o Brasil. 

Por sua vez, a ideia é que o IPCC da Amazônia reúna informações científicas sobre clima e biodiversidade local, tendo a participação de especialistas e pesquisadores para a consolidação das evidências científicas relacionadas à Amazônia.

“Será um painel que reunirá informações científicas climáticas e também da biodiversidade para gerar relatórios que auxiliem na tomada de decisões políticas e, sobretudo, na mitigação de ações deletérias ao clima e à biodiversidade amazônica”, explicou a ministra. 

No evento, a ministra recebeu duas cartas com propostas da comunidade científica para políticas públicas voltadas à pesquisa e desenvolvimento da Amazônia. No documento, a Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS) se compromete a defender os esforços de construção de uma estratégia abrangente para a preservação, conservação, restauração e remediação dos ecossistemas e da biodiversidade da Amazônia. A outra carta, entregue pelo Painel Científico da Amazônia, reúne sete propostas para a região. Clique aqui e confira o documento, na íntegra.

Revista PIM Amazônia