O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou uma releitura do mapa-múndi que coloca o Pará no centro do planeta. A nova representação será apresentada nesta quinta-feira (13/11), durante a COP30, em Belém, e propõe uma mudança simbólica na forma de enxergar o mundo e o papel da Amazônia nas discussões globais sobre o clima.
Chamado de “Mapa-múndi invertido — Pará no centro do mundo”, o trabalho inverte a lógica tradicional da cartografia: o hemisfério Sul aparece na parte superior e o hemisfério Norte, na inferior. Com isso, o Brasil e a Amazônia assumem o protagonismo visual e geográfico no mapa, refletindo o destaque da região nas agendas ambientais internacionais.
A iniciativa é do IBGE, por meio da Superintendência Estadual no Pará, e reforça o simbolismo de Belém como capital da COP30 e como ponto central dos debates sobre sustentabilidade e o futuro do planeta.
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O IBGE destacou que a iniciativa busca valorizar Belém como capital simbólica do Brasil durante a COP30. O mapa também evidencia a dimensão territorial da Amazônia Legal, abrangendo os nove estados brasileiros e os países vizinhos que compartilham a maior floresta tropical do planeta.
“A inversão do mapa-múndi com Belém e o Brasil no centro pelo IBGE é também um ato propositivo de descolonização cognitiva. Simboliza que o modo como se representa o espaço está profundamente conectado ao protagonismo da COP30”, afirmou o presidente do IBGE, Marcio Pochmann.
Segundo ele, o novo mapa propõe uma reflexão sobre a forma como o mundo é tradicionalmente representado.
“Ao colocar o Pará no centro, destacamos não apenas uma nova perspectiva geográfica, mas também simbólica — que valoriza o protagonismo da Amazônia e de seus povos nas discussões globais sobre o futuro do meio ambiente. Essa inversão nos lembra que o olhar sobre o mundo pode (e deve) mudar, reconhecendo a importância de diferentes territórios e realidades na construção de um planeta mais equilibrado e sustentável”, acrescentou.




