A escassez de mão de obra qualificada continua sendo um dos principais entraves para o crescimento da indústria nacional. Segundo o Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Brasil precisará qualificar mais de 9,4 milhões de trabalhadores até 2028 para atender à demanda do setor produtivo.
O levantamento indica que as transformações tecnológicas e o avanço da digitalização estão elevando o nível de exigência das funções industriais, ao mesmo tempo em que cresce a dificuldade das empresas em contratar profissionais técnicos e especializados.
De acordo com a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados foi a preocupação que mais cresceu entre os industriais no terceiro trimestre de 2024. O economista da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o problema afeta diretamente a produtividade e a competitividade do país. “Esse é um problema que vem crescendo há alguns trimestres. Isso tem a ver com questões ligadas ao mercado de trabalho aquecido e ao próprio aumento da produção. É uma questão que preocupa, pois pressiona custos das empresas; consequentemente, pode prejudicar a avaliação da situação financeira e a recuperação da indústria no médio prazo”, afirmou.

Os dados reforçam o alerta do setor produtivo sobre o chamado “apagão de mão de obra”, que ameaça o ritmo de expansão industrial e a consolidação de novas cadeias produtivas. A CNI defende que políticas públicas de qualificação e requalificação profissional sejam ampliadas, especialmente em áreas de base tecnológica, para evitar gargalos na retomada do crescimento econômico.
Com informações da CNI
 
											



