O Ministério Público do Amazonas (MPAM) apresentou à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) uma proposta que une tecnologia e investigação criminal: o projeto Arumã, idealizado pelo Centro de Apoio Operacional de Inteligência e Combate ao Crime Organizado (Caocrimo-Gaeco). A iniciativa pretende desenvolver uma plataforma baseada em inteligência artificial e ciência de dados voltada ao monitoramento e enfrentamento de organizações criminosas no estado.
Durante reunião realizada nesta quarta-feira (15/10), a procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Nascimento Albuquerque, detalhou o projeto ao superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, acompanhada do subprocurador-geral para Assuntos Administrativos, André Virgílio Belota Seffair, e do promotor de Justiça Leonardo Tupinambá do Valle, coordenador do Caocrimo-Gaeco.
Segundo a procuradora-geral, o Arumã busca modernizar os instrumentos de investigação do MPAM, com o uso de tecnologias capazes de agilizar a coleta, cruzamento e interpretação de grandes volumes de informações.
“Nosso objetivo é incorporar ferramentas de inteligência artificial às investigações, tornando as apurações mais precisas e fundamentadas. A tecnologia deve atuar como aliada na produção de provas sólidas e no fortalecimento das ações de responsabilização criminal”, destacou Leda Albuquerque.
O MPAM pretende captar recursos da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus para financiar o desenvolvimento do sistema. A proposta prevê uma estrutura integrada de análise de dados, inteligência financeira e georreferenciamento, criando uma base única de informações estratégicas para apoiar a atuação do Ministério Público.
Para o promotor Leonardo Tupinambá, o Arumã consolida uma aproximação entre o MPAM e o setor de inovação tecnológica.
“Estamos propondo uma plataforma de pesquisa e desenvolvimento, com módulos voltados ao armazenamento massivo de dados (data lake), inteligência financeira e uso de IA. O apoio da Suframa será essencial para transformar essa proposta em um instrumento concreto de combate ao crime organizado no Amazonas”, afirmou.
Com informações do Ministério Público do Amazonas