O Índice Agrotech GS1 Brasil aponta que a região Norte apresentou um avanço expressivo entre 2019 e 2024, consolidando-se como a segunda mais avançada do país em adoção tecnológica no agronegócio, atrás apenas do Sudeste. No período, o crescimento foi de 22%, reflexo de um ambiente mais favorável à inovação, impulsionado por melhorias na conectividade e investimentos em automação.
Na dimensão Gestão, o índice registrou aumento de 30%, o que demonstra progressos significativos na administração das atividades rurais. Ainda assim, a conectividade permanece como um desafio: embora 91% dos produtores do Norte afirmem ter acesso à internet, apenas 35% contam com cobertura total em suas propriedades, o que limita a adoção de soluções digitais mais sofisticadas e abrangentes.
A Sustentabilidade também apresentou evolução no período, com alta de 8%. O crescimento reflete os esforços do setor em incorporar práticas mais responsáveis, apoiadas por tecnologias inovadoras. Essa tendência fortalece a imagem do agronegócio nortista no cenário global, ao evidenciar que é possível conciliar produtividade e responsabilidade ambiental. Além disso, amplia a resiliência do setor diante das mudanças climáticas e das crescentes exigências de mercados consumidores mais conscientes.
Outro destaque foi a dimensão Parque Tecnológico, que dobrou em cinco anos. O resultado é um indicativo da digitalização acelerada no campo, com maior integração entre máquinas, equipamentos e sistemas de gestão. Essa estrutura vem formando um ecossistema digital robusto, que contribui para ganhos de eficiência operacional, sustentabilidade e rastreabilidade em todas as etapas da produção.
De acordo com a pesquisa, o futuro do agronegócio brasileiro, e da região Norte em particular, será moldado pela capacidade de integrar inovação tecnológica a práticas sustentáveis. As próximas fronteiras estão voltadas para a automação inteligente, a rastreabilidade confiável e a integração de dados, apoiadas em padrões globais que promovem transparência, eficiência e competitividade em toda a cadeia de suprimentos.
Fonte: Índice Agrotech GS1 Brasil (2019-2024)
