Otan convoca 90 mil soldados para maior exercício militar em décadas

Soldados de países membros e da Suécia participarão do primeiro exercício militar de 2024, que envolverá o cenário de um possível "ataque russo".
Será a maior mobilização de soldados feita pela Otan desde a Guerra Fria. Foto: REUTERS/ Kacper Pempel

Da Redação, com informações do g1

Nesta quarta-feira, 18, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou que deverá convocar 90 mil soldados de países membros da aliança e da Suécia. Será a maior mobilização feita pela Otan desde a Guerra Fria.

Os militares participarão de uma série de exercícios conjuntos que trabalharão com o cenário de um “ataque russo”, segundo o comandante-geral da Otan na Europa, o general Christopher Cavoli.

Os exercícios começarão na semana que vem e durarão até meados de maio, segundo o comandante. E terão a cooperação de soldados da Suécia, país que ainda não faz parte da aliança, mas já solicitou formalmente o ingresso no grupo.

O comandante afirmou que as manobras não têm uma motivação específica e acontecem como parte de exercícios anuais da aliança. Mas disse também que a convocação das manobras deste ano são as maiores desde 1988, quando, em plena Guerra Fria, a aliança mobilizou 125 mil soldados.

Ainda segundo Cavoli, as tropas este ano simularão uma invasão russa a um dos países membros. Em uma das simulações, os militares treinarão um deslocamento rápido para a Polônia, país membro da Otan e vizinha da Ucrânia.

Segundo a Otan, para o exercício militar serão mobilizados mais de 1.200 veículos de combate:

  • Ao menos 50 navios, de porta-aviões a destróieres;
  • Mais de 80 caças, helicópteros e drones;
  • Pelo menos 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos de combate de infantaria.

A Otan, aliança das Forças Armadas de 31 países do Ocidente, entre eles os Estados Unidos, prevê que uma invasão a qualquer um dos membros implica automaticamente em uma resposta de tropas de todos os outros membros do grupo.

Quando invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia alegou estar se defendendo diante de uma ameaça da Otan, que travava conversas com o governo ucraniano para uma possível entrada do país no bloco.

As negociações foram interrompidas desde então, mas, após a guerra estourar, a Finlândia, vizinha da Rússia e com quem compartilha uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros de extensão, decidiu ingressar na Otan.

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