O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou que o projeto das ecobarreiras, implantadas nos igarapés da capital, será um dos destaques da participação do município na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), marcada para os próximos dias, em Belém (PA). A iniciativa municipal, segundo ele, comprova que soluções simples podem gerar resultados concretos na preservação ambiental.
Durante visita à ecobarreira do igarapé do Mindu, na zona Centro-Sul, nesta terça-feira (4/11), David Almeida ressaltou que as 12 estruturas atualmente em funcionamento impedem que aproximadamente 300 toneladas de resíduos sólidos por mês cheguem ao rio Negro.
A gente consegue, por mês, segurar nas 12 ecobarreiras, que nós temos, aproximadamente 300 toneladas de lixo. Lixo esse que iria descer os igarapés, chegar até o grande rio Negro e, posteriormente, chegar até o oceano. Com isso, a gente contribui para o meio ambiente, preservando os nossos mananciais, e é essa a nossa ideia: buscar soluções para que nós possamos melhorar o meio ambiente”, destacou o prefeito David Almeida.
O prefeito destacou que a cidade de Manaus gera, em média, 936 mil toneladas de lixo por ano, o que representa cerca de 78 mil toneladas mensais recolhidas pelos serviços de limpeza urbana. As ecobarreiras, implantadas há 23 meses, têm ajudado a conter parte significativa desse volume. Somente em 2023, foram retiradas 2,8 mil toneladas de resíduos, e entre janeiro e junho deste ano, o total já soma 1,6 mil toneladas.

David Almeida reforçou que o projeto será levado à conferência da ONU como um exemplo prático de política pública ambiental aplicada em uma capital amazônica. “Manaus tem enfrentado o desafio de conciliar crescimento urbano e sustentabilidade. Com as ecobarreiras, mostramos que é possível fazer gestão ambiental com criatividade, planejamento e resultados mensuráveis”, declarou.
Ao lado do titular da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis, o prefeito acompanhou a vistoria do equipamento e ouviu relatos das equipes sobre a redução significativa de resíduos nas operações de transbordo do rio Negro. Antes da implantação das barreiras, eram retiradas entre 600 e 700 toneladas de lixo por mês. Hoje, o número caiu para 300 a 400 toneladas, segundo dados da Semulsp.
Durante a inspeção, Sabá Reis lembrou que o descarte irregular de lixo continua sendo um desafio e defendeu maior conscientização da população.
Com informações da assessoria



