A capital amazonense será sede da primeira usina a gás natural do Norte do Brasil voltada exclusivamente para abastecimento de equipamentos portuários. A estrutura será responsável por fornecer energia elétrica aos três guindastes elétricos Konecranes operados no porto Super Terminais, sem a necessidade de transporte rodoviário de diesel e com redução de tráfego de caminhões na área.
Os guindastes são os primeiros 100% elétricos do mundo e se destacam por sua eficiência energética, contribuindo para maior segurança operacional e uma expressiva redução de emissões poluentes. O fornecimento de energia será feito por meio de tubulações subterrâneas conectadas a um gasoduto de 3,5 quilômetros, com capacidade para até 12 mil metros cúbicos de gás natural por dia.
A expectativa é que o novo sistema reduza em cerca de 17 mil toneladas as emissões anuais de CO² nas operações portuárias. A obra tem prazo estimado de 12 meses para ser concluída.
“Esse projeto começou há dois anos, com a nossa parceria da Cigás com o Governo do Amazonas. Nós queremos que esse pioneirismo traga exemplos para o Amazonas, para as outras indústrias, aos outros portos, que todos possam abraçar essa ideia de utilizar energias renováveis. Nosso objetivo é colaborar com as iniciativas do governo e trazer sempre novidades”, destacou o diretor-presidente da Super Terminais, Marcello Di Gregório.
A iniciativa faz parte de uma série de ações em andamento que buscam consolidar o gás natural como matriz energética e econômica no estado. Desde a sanção da chamada Lei do Gás (Lei nº 5.420/2021), que permitiu a abertura do mercado de distribuição, novos investimentos têm sido atraídos para o setor.
Entre os principais empreendimentos em curso está o Complexo do Azulão 950, no município de Silves, onde estão sendo construídas três usinas termelétricas movidas a gás natural, com investimento de R$ 5,8 bilhões da empresa Eneva. O projeto prevê geração de energia para 3,7 milhões de residências e deve gerar mais de 5 mil empregos durante o pico das obras, com conclusão prevista entre o fim de 2026 e início de 2027.
Atualmente, o Amazonas possui 335 quilômetros de gasodutos que atendem mais de 25 mil unidades consumidoras em sete municípios. No setor industrial, o gás natural tem se destacado como alternativa mais econômica e ambientalmente vantajosa, com economia de até 47% em relação ao diesel e 54% na comparação com o GLP.
Fonte: da redação, com informações da Agência Amazonas.
