A região Norte ocupa o último lugar no ranking das regiões do Índice de Inovação dos Estados de 2025, segundo estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado, inalterado desde 2021, evidencia as históricas desigualdades econômicas da região, que ganha atenção internacional com Belém, no Pará, como sede da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas.
No ranking geral, a Região Sudeste ficou em 1º lugar, seguida da Região Sul, Nordeste e Centro-Oeste. Entre os estados do Norte, o Amazonas ocupa o 16º lugar, seguido pelo Pará (18º), Rondônia (21º), Roraima (23º), Amapá (24º), Acre (26º) e Tocantins (27º).
O índice avalia 12 indicadores nos 27 estados brasileiros com o objetivo de mapear os principais aspectos relacionados à inovação para oferecer subsídios para o processo de tomada de decisão de políticas públicas. O estudo foi desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a CNI.
De acordo com o gerente do Observatório da Indústria Ceará e coordenador do estudo, Guilherme Muchale, o levantamento é uma ferramenta estratégica para compreender como cada estado brasileiro está posicionada na capacidade de gerar, absorver e transformar inovação em resultados concretos e serve como bússola para formuladores de políticas públicas, gestores empresariais e instituições de fomento, identificando pontos fortes e gargalos regionais.
“Ao oferecer uma comparação histórica e geograficamente detalhada, o índice também permite avaliar o impacto de investimentos, políticas e estratégias de desenvolvimento, além de fomentar a cooperação entre estados. Anualmente, ele é apresentado para diversas secretarias estaduais, conselhos empresariais e organizações da sociedade civil para utilização como subsídio a definição das estratégias de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável”, explicou ele.
Fonte: Belém Negócios