O setor mineral brasileiro anunciou um plano ambicioso para reduzir em 90% suas emissões de carbono até 2050, contribuindo diretamente com a meta global de triplicar fontes renováveis e expandir a frota elétrica. A proposta inclui ações como eficiência energética, uso de biocombustíveis, eletrificação, alternativas renováveis e recuperação de áreas degradadas para neutralizar emissões residuais, que somaram cerca de 13 milhões de toneladas de CO₂ em 2024.
Segundo estimativas da Coalizão Minerais Essenciais, o setor pode contribuir com a redução de 300 milhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano até 2050, além de 110 milhões de toneladas por meio da produção de insumos para o aço de baixo carbono, especialmente a partir do minério de ferro.
O documento foi entregue à presidência da COP30 e destaca que, para viabilizar esse plano, são necessárias políticas públicas robustas, como precificação de carbono, taxonomias sustentáveis e mercados dispostos a pagar pelo atributo verde.
Apesar do discurso oficial reconhecer os minerais críticos como estratégicos para a soberania nacional e para o desenvolvimento industrial, o setor aponta desconexão entre intenção e ação. A Política Nacional de Minerais Críticos, prometida há mais de dois anos pelo Ministério de Minas e Energia, ainda não foi publicada. Em resposta, o setor tem articulado no Congresso a aprovação do PL 2780/2024, que propõe incentivos à cadeia de minerais essenciais.
A coalizão calcula que o Brasil pode dobrar a produção de cobre, níquel, bauxita, lítio, terras raras e outros minerais fundamentais para baterias e equipamentos de energia renovável até 2050.
Fonte: Eixos