União para um futuro melhor

Bancada do Norte ressalta a importância da união de esforços dos parlamentares dos sete estados da região para impulsionar o desenvolvimento da Amazônia
Foto: Felipe Santos

A Bancada do Norte, uma das mais importantes coalizões políticas da região amazônica, foi relançada este mês de abril em evento repleto de entusiasmo e expectativas em Brasília. A cerimônia, que contou com a presença do ministro do Turismo, Celso Sabino, diversos parlamentares e autoridades, destacou a importância de fortalecer a união entre os representantes do Norte para enfrentar os desafios específicos da região e impulsionar políticas públicas mais alinhadas com suas necessidades.

Celso Sabino (União-PA) ressaltou a importância da união de esforços dos parlamentares dos sete estados da região para impulsionar o desenvolvimento da Amazônia. Ele destacou que a colaboração entre os representantes de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins é fundamental para melhorar as condições de vida na região.

 “Você tem as dificuldades comuns de uma região tida ainda muito como inóspita em muitas cidades”. Ministro Celso Sabino (União-PA)

Além disso, o ministro afirmou que os estados do Norte compartilham várias características semelhantes, comparando a região ao Nordeste, onde há uma forte coesão entre os estados. Ele mencionou, por exemplo, que, assim como o Nordeste tem tradições comuns como o São João, o Norte também possui elementos culturais que unem seus estados.

“Você tem, inclusive, em aspectos relacionados à culinária, cultura, aos gostos musicais e também, principalmente, as dificuldades comuns de uma região tida ainda muito como inóspita em muitas cidades. Dificuldades em áreas de voos, a baixa oferta um custo mais elevado tanto em passagens aéreas, fluviais e até mesmo produtos que são vendidos em São Paulo, no Rio de Janeiro, nas Minas Gerais que acabam chegando no mercado da região Norte por um preço mais elevado porque são considerados os custos especialmente de fretes”, afirma o ministro.

O deputado Sidney Leite (PSD-AM) foi o responsável pelo anúncio da reestruturação da bancada, que agora contará com oito sub-coordenadorias, representando diversas áreas de interesse para os sete estados da região Norte. Entre as sub-coordenadorias estão agricultura e pesca; biodiversidade, ciência, comunicação e tecnologia; educação; energia e mineração; infraestrutura e logística; habitação, saneamento e regulação; saúde; e segurança pública.

 “O Brasil afora enche a boca para falar da Amazônia, mas nós temos os piores indicadores”. Deputado Sidney Leite (PSD-AM)

Leite destacou a importância de focar nos problemas que unem a região, mencionando a carência de infraestrutura, a falta de recursos orçamentários adequados, a necessidade de regularização fundiária, a exploração sustentável dos recursos naturais, e muitos outros desafios que são comuns a todos os estados nortistas. O deputado também enfatizou a importância de apresentar propostas claras para melhorar a conectividade, a infraestrutura e as condições de vida da população da região.

“Esta iniciativa (de relançar a Bancada do Norte) foi coletiva, não é individual, busca nos unir nas dificuldades que nós temos. O Brasil afora enche a boca para falar da Amazônia, mas nós temos os piores indicadores de saneamento básico, uma demanda gigantesca de infraestrutura e logística, de portos, aeroportos, de estradas, a pior cobertura de internet do Brasil está na nossa região. Nós temos a pior malha de aviação, o custo proibitivo para a grande maioria da população, um déficit habitacional, problemas sérios na segurança pública”, declarou o deputado.

Os discursos dos parlamentares durante o evento reforçaram a necessidade de união para alcançar os objetivos comuns da região. O deputado Átila Lins (PSD-AM), por exemplo, enfatizou a importância de seguir o exemplo da Bancada do Nordeste, uma das mais coesas e eficazes no Congresso. Lins destacou que a união entre os 57 deputados federais e 21 senadores da Bancada do Norte é essencial para enfrentar os desafios da região e que, juntos, eles são uma força maior do que muitos partidos políticos.

“Mas a bancada de região que mais eu acho que se entusiasma com essa missão é a Bancada do Nordeste. A Bancada do Nordeste faz um trabalho fecundo. Há mais de 20 anos, eu já estou aqui há 34 anos, e a Bancada do Nordeste faz um trabalho admirável. Reúnem quase todas as semanas”, afirma o deputado.

Cristiane Lopes (União-RO) propôs um novo símbolo para a bancada, enfatizando a necessidade de identidade comum: “O nosso partido, a partir de agora, se chama Norte.” Ela sugeriu um broche para ser usado pelos parlamentares do Norte, para que fossem “identificados, respeitados, com todo o potencial que nós não precisamos ficar aqui falando de tudo que nós sabemos, que nós temos e que nós somos muito bons para contribuir com o nosso país e com os outros países também.”

“O nosso partido, a partir de agora, se chama Norte.” Cristiane Lopes (União-RO)

Helena Lima (MDB-RR) ressaltou a importância de se manter unidos, mostrando preocupação com a evolução de outras bancadas. “E nós, vamos ficar para trás? Não, vamos nos unir também, não é, Sidney? Parabéns pela iniciativa.” Helena demonstrou otimismo com a colaboração entre os parlamentares, afirmando que “todos nós vamos contribuir, de forma a fortalecer a nossa região, de forma a melhorar a vida das pessoas que moram lá. E que os potenciais que nós temos lá possam ser aproveitados.”

Sílvia Waiãpi (PL-AP) foi direta ao apontar a necessidade de priorizar as questões realmente relevantes para a região Norte: “A gente tem que começar a pensar em pautas que sim devem ser importantes para a região Norte.”

O relançamento da Bancada do Norte é um sinal de que os parlamentares da região estão prontos para trabalhar em conjunto para superar as dificuldades e trazer melhorias para a Amazônia. Com uma agenda clara e consensual, a bancada pode ser uma força motriz para o desenvolvimento sustentável e a justiça social na região. Como afirmou o deputado Sidney Leite, “o resto do Brasil enche a boca para falar da Amazônia, mas nós temos os piores indicadores de saneamento básico, demanda gigantesca de infraestrutura e logística, e a pior cobertura de internet do Brasil”. A Bancada do Norte é uma esperança de que essas realidades podem ser transformadas por meio da união e do trabalho conjunto.

Com informações da assessoria da Bancada do Norte

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