Dos 91,3 milhões de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em setembro, 22,9 milhões trabalhavam por conta própria, e 10,9 milhões eram empregadas no setor privado sem carteira de trabalho, um crescimento de, respectivamente, 1,8% e 2,7%, na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada hoje pelo IBGE, que apresentou taxa de desocupação de 12,4% no trimestre (jul/ago/set), uma queda de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre imediatamente anterior. Nesse mesmo período de comparação, o rendimento médio real foi de R$ 2,1 mil.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a piora das condições do mercado de trabalho nos últimos três anos é evidenciada pela redução do emprego formal: “Na comparação com o mesmo período de 2014, o Brasil perdeu 3,4 milhões de empregos com carteira de trabalho assinada”, ressalta.
Essa conjuntura pode ser verificada também na categoria de alojamento e alimentação, que contempla, entre outras, pessoas que cozinham em casa para vender na informalidade. Ela registrou um aumento de cerca de 175 mil pessoas, um crescimento de 3,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
A redução nos índices de desemprego foi acompanhada pelo aumento de 1,4% da massa de rendimento real (R$ 188,1 bilhões), que é a soma da renda da população ocupada, frente ao trimestre de abril/maio/junho. Frente ao mesmo período de 2016, o aumento foi de 3,9%.
*Informações IBGE