A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção de vendas calculada para o Natal deste ano e estima que a data movimentará R$ 34,7 bilhões, o que representa um avanço de +4,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Pela primeira vez desde o início da pesquisa feita pela CNC, em 2009, a principal data comemorativa do varejo deverá registrar variação média negativa de preços (-1,1%), taxa significativamente menor do que aquelas verificadas nos Natais de 2015 (+10,9%) e 2016 (+9,8%).
A baixa inflação para o período e uma melhora no mercado de trabalho apontam perspectivas boas para as vendas de final de ano. Os itens que mais prometem ser vendidos são os de móveis e eletrodomésticos. Destacam-se também os segmentos de hiper e supermercados, lojas de vestuário e de artigos de uso pessoal e doméstico, que juntas deverão responder por 2/3 das vendas natalinas deste ano. A previsão é que todos estes setores arrecadem mais que no mesmo período para o ano passado.
O positivismo do comércio também se reflete quanto à contratação e aumento de salários. De acordo com a CNC, 30% dos trabalhadores contratados de forma temporária devem ser efetivados após o período de festas. Em relação aos salários de admissão, eles deverão alcançar a faixa de R$ 1.188, avançando, portanto, 7,0% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior salário de admissão deverá ocorrer no ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.443), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.389). Estes segmentos, contudo, deverão ofertar apenas 2,1% das vagas totais a serem criadas no varejo.
*Informações Confederação Nacional da Indústria




