O Brasil teria economizado cerca de R$ 3,3 bilhões se a reforma da Previdência estivesse em vigor desde 1º de junho do ano passado. A informação é do Previdenciômetro, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou na última quarta-feira (4). A ferramenta mostra o valor que o país poderia dispor hoje para investir em outras áreas, caso as novas regras previdenciárias, previstas no substitutivo aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, estivessem valendo desde o início de junho de 2017. Entre as mudanças previstas no texto em tramitação estão a idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, a equiparação entre trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos e regra de transição até 2037.
O Previdenciômetro é mais uma contribuição da CNI para o debate em torno da mudança das regras para a aposentadoria. A indústria considera que a reforma da Previdência é urgente e crucial para o equilíbrio das contas públicas e a manutenção da estabilidade econômica. \”O único jeito de atacar a dívida pública para valer é corrigindo as distorções da Previdência Social. É preciso adaptar o sistema ao aumento da expectativa de vida da população e acabar com privilégios de uma minoria que suga da sociedade, de modo completamente injusto, uma gigantesca massa de recursos, perpetuando e agravando a difícil situação das contas do setor público\”, diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Para dar uma ideia da dimensão da economia que o país teria com a reforma, o Previdenciômetro permite que o usuário converta o valor economizado em número de hospitais, escolas, quilômetros de estradas ou moradias populares, que são importantes para melhorar a vida de todos os brasileiros. Por exemplo, com os R$ 3,3 bilhões que teriam sido economizados desde 1º de junho do ano passado, poderiam ser construídos 797 escolas ou 133 hospitais, ou, ainda 2.210 quilômetros de estradas, ou 52.619 moradias populares.




