A movimentação nos aeroportos brasileiros deve alcançar 128 milhões de passageiros até o fim de 2025, estabelecendo um recorde histórico para a aviação civil no país. O número representa 30 milhões de passageiros a mais do que em 2022, um crescimento médio superior a 10%.
Entre julho e setembro, o Brasil registrou 33,6 milhões de viajantes em voos domésticos e internacionais 2,6 milhões a mais que no mesmo período do ano passado o que representa uma alta de 8,5%. O desempenho confirma a trajetória de expansão do setor, que já soma 54 meses consecutivos de crescimento, mantendo o ritmo acima dos níveis pré-pandemia (30,3 milhões em 2019).

O resultado histórico da aviação foi um dos temas do programa Bom Dia, Ministro, desta terça-feira (4), que contou com a participação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
“A gente está tendo o melhor ano da história do turismo brasileiro, como também o melhor momento no volume de passageiros da história do país”, destacou o ministro.
Segundo ele, o avanço reflete o crescimento do turismo e a inclusão de milhões de brasileiros na aviação, fortalecendo o transporte aéreo como pilar do desenvolvimento econômico.
O Brasil vive o melhor momento da história da aviação e do turismo, com investimentos recordes em aeroportos e crescimento expressivo no número de visitantes internacionais. Em 2024, o país registrou aumento de 14% no turismo internacional, passando de 7 milhões para mais de 8,5 milhões de estrangeiros, e deve ultrapassar 9,5 milhões de visitantes até o fim do ano.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o turismo tem sido um motor importante para o desenvolvimento econômico e para o fortalecimento da aviação. Ele afirmou que o turismo é uma indústria limpa e fundamental para a economia brasileira e que o governo trabalha para avançar em políticas de fortalecimento da aviação nacional, ampliando a aviação regional e os investimentos aeroportuários, no maior volume da história do país.
Aeroportos e turismo impulsionam crescimento recorde do setor no Brasil
O ministro destacou ainda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o baixo índice de desemprego, a maior renda dos trabalhadores e os programas sociais como Bolsa Família, Gás do Povo, Pé-de-Meia e Minha Casa, Minha Vida criam um ambiente favorável para novos investimentos estrangeiros.
De acordo com ele, as concessões em setores estratégicos como petróleo e gás, energia, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos devem somar mais de R$ 300 bilhões em investimentos, consolidando o país como um dos principais destinos para negócios e turismo na América Latina.
O ministro também reforçou o compromisso do Governo do Brasil para reduzir o preço das passagens aéreas, reconhecendo a inflação global do setor pós-pandemia.
A gente já paga um custo alto na passagem e defendo que não seja cobrada a taxa de bagagem. Nesses últimos três anos e dez meses, tivemos uma queda de mais de 6% no custo da passagem no Brasil”, ressaltou Silvio Costa Filho
“As companhias têm liberdade de fazer as operações mercadológicas. Entretanto, temos trabalhado para buscar alternativas para reduzir o custo da passagem”.
O assunto abordado durante o programa é a infraestrutura portuária brasileira, que receberá R$ 35 bilhões em investimentos públicos e privados para modernização e ampliação da capacidade em terminais estratégicos. Em leilões recentes, a pasta concluiu concessões que vão impulsionar o escoamento da safra em Paranaguá (PR), o setor de óleo e gás no Rio de Janeiro (RJ) e o turismo de cruzeiros em Maceió (AL).
O maior aporte será destinado ao Porto de Paranaguá, o segundo maior do país. O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD) investirá R$ 1,22 bilhão para aprofundar o canal de acesso (dragagem), aumentando de 13,5 para 15,5 metros. A obra é fundamental para permitir o acesso de navios de grande porte e ampliar a capacidade operacional e a eficiência no escoamento da produção agrícola de outros estados, além de impulsionar o comércio internacional.
No Rio de Janeiro, a Petrobras arrematou o Terminal RDJ07 e investirá R$ 99,4 milhões para fortalecer o apoio logístico às atividades de exploração e produção offshore. Já em Maceió (AL), o Consórcio Britto-Macelog II venceu o leilão do Terminal de Passageiros (TMP) e aplicará R$ 3,75 milhões para consolidar o local como um polo de cruzeiros marítimos no Nordeste, melhorando a experiência dos visitantes e aquecendo a economia local.
Aeroportos e portos recebem investimentos recordes no Brasil
A Lei dos Portos foi criada em 2013. De 2013 a 2022, foram realizados 41 leilões no país, somando cerca de R$ 8 bilhões em investimentos. Segundo o ministro, nos quatro anos do atual governo, liderado pelo presidente Lula, serão feitos mais de 60 leilões, totalizando mais de R$ 35 bilhões em novos investimentos. “Já fizemos 26 leilões e esperamos realizar, no próximo ano e meio, mais de 25”, afirmou.
Fonte: Agência Gov



