Os segmentos de bebidas e o químico do Polo Industrial de Manaus (PIM) apostam nas festas de fim de ano para alavancar as vendas. Até setembro,o setor de bebidas faturou R$ 641.66 milhões. Em dólar, o montante atingido somou US$ 202.75 milhões. No mesmo período analisado, o polo químico faturou R$ 7,02 bilhões (US$ 2.22 bilhões). Apesar do cenário nada animador, ambos aparecem entre os principais segmentos com participação no faturamento. Dos investimentos realizados pelas empresas ativas, o polo de bebidas aportou US$ 86.97 milhões nos nove meses de 2017, enquanto o setor químico atingiu US$ 1.27 bilhão.
Na avaliação do presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas de Manaus, Luiz Cruz, o setor sofreu no decorrer do ano com dois grandes desafios. Primeiro foi o aumento dos custos de produção, e o segundo a queda de volume comercializado. O setor está trabalhando firme para manter os postos de trabalho que tem atualmente, e, esperançoso com a reação da economia no ano que vem. “Com os desafios que tivemos, representados pela queda de consumo e aumento do custo de produção, tivemos um ano muito difícil para o setor”.
Quanto às perspectivas para o Natal e Ano Novo, para o dirigente, pelo que tudo indica haverá uma reação positiva na economia para 2018, o que deve aumentar o consumo e assim quem sabe trazer os volumes de produção para patamares anteriormente já atingidos. “Já com relação ao Natal, este é sempre um momento em que esperamos um aumento no consumo normal. Trabalhamos com uma projeção de crescimento na ordem de 3%”, frisou.
Incentivos fiscais
No que diz respeito à tributação com base na aprovação da Lei Complementar 160/2017, que convalida os incentivos fiscais relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) concedidos ilegalmente por outros estados a empresas e indústrias, Luiz Cruz disse que o segmento de bebidas é atípico, ou seja, tem um sistema de tributação próprio, e por conta disso os incentivos concedidos por outros estados acabam ampliando as vantagens comparativas destes produtos face aos produzidos localmente. “Em condições normais, os produtos produzidos fora da Zona Franca de Manaus quando enviados para a capital amazonense acabam tendo algumas vantagens, e é exatamente por isso que o Governo do Amazonas costumava ter um tratamento diferenciado de tributação de produtos produzidos na ZFM, para equacionar estas diferenças e garantir às empresas do Polo Industrial de Manaus condições de competitividade”, explicou.
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