Execuções no RJ: médicos podem ter sido mortos “por engano”

Único sobrevivente gravou um vídeo que foi postado nas redes sociais, informando que estava se recuperando bem. Dois suspeitos dos crimes foram encontrados mortos
Médicos fizeram selfie pouco antes de serem baleados. Apenas Daniel (segundo, da esquerda para a direita) sobreviveu. Imagem: Reprodução/TV

Da Redação, com informações do G1 e Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que a hipótese mais provável, até o momento, é que a morte de três médicos em um quiosque de praia no Rio de Janeiro tenha ocorrido “por engano”. A informação, obtida inicialmente pela TV Globo, é a de que traficantes tinha como alvo um miliciano da região de Jacarepaguá, que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. É Perseu que aparece com a camisa do Bahia na última foto tirada pelo grupo de colegas. O médico morreu na hora.

O verdadeiro alvo da execução seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste. Taillon moramia próximo ao quiosque onde ocorreu o crime. A morte dele seria uma vingança pelo assassinato do traficante Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, em 16 de setembro por milicianos.

Taillon_à esquerda_, seria o alvo e teria sido confundido com o médico Perseu, que morreu na hora. Foto: Reprodução/ TV

A polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado e informou aos assassinos. Outras linhas de investigação, no entanto, ainda não estão descartadas.

Os crimes aconteceram na madrugada de quinta-feira, 5. Vinte e quatro horas depois, a a polícia encontrou os corpos de quatro pessoas em dois carros e identificou dois deles como suspeitos de envolvimento com os assassinatos dos médicos. Outros dois ainda não foram identificados. Os policiais acreditam que as mortes dos suspeitos teriam sido ordenadas pela liderança do Comando Vermelho, facção à qual os suspeitos de matar os médicos estariam vinculado, como punição pelo engano, que levou à grande repercussão das mortes.

Vítimas – O irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Diego Ralf Bomfim foi um dos três médicos assassinados no quiosque na orla da Barra da Tijuca. Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro foram as duas outras vítimas mortas no ataque. O grupo alvejado por tiros tinha quatro médicos, um sobreviveu.

“Só algumas fraturas”, diz sobrevivente em vídeo

Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, único sobrevivente aos disparos, passou por cirurgia após ser atingido na quinta. Ele foi atingido por 14 tiros. Em um vídeo divulgado na sexta, Daniel tranquiliza a todos.

“Pessoal, eu tô bem, viu? Tá tudo tranquilo graças a Deus. Só algumas fraturas, mas vai dar certo. A gente vai sair dessa juntos. Valeu pela preocupação. Obrigado!”, disse o médico, de 32 anos.

O vídeo foi postado inicialmente no perfil da jornalista Lu Lacerda, no Instagram, que é aberto ao público.

Segundo o último boletim médico sobre o seu estado de saúde é estável, Daniel está lúcido, orientado e respira sem a ajuda de aparelhos.

O médico Daniel teve um vídeo divulgada na internet, onde tranquiliza as pessoas dizendo que está bem. Imagem: reprodução/ Instagram de Lu Lacerda

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