FMI e Argentina fecham acordo para desbloquear US$ 7,5 bilhões

Tratado facilita alguns requisitos do programa porque uma seca devastadora criou um ambiente econômico "muito desafiador" no país

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta sexta-feira (28) que chegou a um acordo com a Argentina para desbloquear US$ 7,5 bilhões (R$ 35 bilhões) e concluir a quinta e a sexta revisões do programa de empréstimos de US$ 44 bilhões (R$ 208 bilhões) do país.

O acordo, que ainda precisa da aprovação do Conselho Executivo do FMI, facilita alguns requisitos do programa porque uma seca devastadora criou um ambiente econômico “muito desafiador” na Argentina, fazendo com que algumas metas financeiras do final de junho não fossem cumpridas.

A Reuters informou primeiro que o acordo combinaria a quinta e a sexta revisões do programa argentino do FMI — uma medida que fornece fundos adicionais para empréstimos mais cedo. O FMI disse que seu conselho se reunirá para considerar o acordo na segunda quinzena de agosto.

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O Fundo disse em comunicado que desde a quarta revisão do programa de empréstimos, em março, a situação econômica da Argentina se tornou muito desafiadora devido ao impacto maior do que o previsto de uma seca, que teve um efeito significativo nas exportações e nas receitas fiscais.

“Também houve deslizes e atrasos nas políticas (monetária e econômica), que contribuíram para uma forte demanda doméstica e uma balança comercial mais fraca”, acrescentou o FMI.

Para sustentar a demanda pelo peso argentino, o acordo exige que as autoridades assegurem que as taxas de juros permaneçam “suficientemente positivas em termos reais”.

O acordo passou a prever um acúmulo mais gradual de reservas, com meta de cerca de US$ 1 bilhão (R$ 4,73 bilhões) até o final de 2023, ante meta de US$ 8 bilhões (R$ 38 bilhões) definida em março.

O acordo exige que a Argentina reduza a demanda de importação com novos impostos cambiais para bens importados e fortaleça os controles de gastos. Mas a meta de déficit fiscal primário da Argentina em 2023 permanece inalterada em 1,9% do PIB, disse o FMI.

Fonte: Reuters

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