A Justiça do Amazonas determinou, na tarde desta quarta-feira (5/11), a suspensão imediata da venda de ingressos para o Festival Folclórico de Parintins de 2026. A decisão atendeu a um pedido de tutela de urgência apresentado pelo Ministério Público do Estado (MPAM) e foi proferida pela juíza Simone Laurent Arruda da Silva.
De acordo com a liminar, a empresa Amazon Best Turismo e Eventos Ltda, responsável pela comercialização dos bilhetes, deve interromper as vendas, tanto presenciais quanto online, em até cinco dias. O documento judicial também estabelece que a empresa apresente justificativas e detalhamentos sobre os critérios econômicos que embasaram o aumento dos preços. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil, limitada a 30 dias.
A ação foi movida pelas promotoras Sheyla Andrade dos Santos, da 81ª Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon), e Marina Campos Maciel, da 3ª Promotoria de Justiça de Parintins. O MP apontou reajustes considerados abusivos nos ingressos da edição 2026, com aumentos que, segundo tabela comparativa com o ano anterior, ultrapassam 200% em diversos setores.

A promotora Sheyla Andrade, que participou de uma reunião com representantes da Amazon Best na sede do MP, em Manaus, comentou a decisão judicial.
“O Ministério Público acabou de obter agora, após pedido de tutela de urgência, uma liminar na qual foi determinado que a empresa Amazon Best prestasse as devidas informações conforme consta na nossa peça inicial. Neste encontro com a empresa, ficou ajustado para que amanhã, às 10h, tenhamos outra reunião buscando, de alguma maneira, uma conciliação para que esse processo tenha o seu desfecho”, afirmou.
O que diz a Amazon Best
Após pedido de tutela do MP, a empresa Amazon Best emitiu uma nota afirmando que não houve aumento superior a 200% no valor dos ingressos para a edição de 2026. A empresa declarou que, ao comparar tecnicamente as tabelas oficiais de 2025 e 2026, tanto para ingressos avulsos quanto para passaportes, a variação real de preços não ultrapassa 15% em nenhum setor.
A companhia ressaltou que os valores considerados na representação do MP não correspondem aos preços oficiais divulgados pela Amazon Best, e que há diferenças técnicas entre os setores comparados, como “arquibancada central”, “arquibancada especial” e “cadeiras”. Segundo a nota, essas distinções podem gerar projeções equivocadas quando tabelas não equivalentes são confrontadas.
A Amazon Best afirmou ainda que seus preços são públicos e transparentes, podendo ser consultados na plataforma Bilheteria Digital. A empresa destacou que as variações praticadas estão dentro da média histórica de reajustes do mercado nacional de entretenimento e, em alguns casos, são inferiores às registradas entre as edições de 2023, 2024 e 2025.
Com informações da assessoria
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