Maranhão: construtora encontra ossadas e peças milenares

Descobertas ocorreram em terreno que passa por obras do programa Minha Casa, Minha Vida, em São Luís. Achados podem ser de 10 mil anos atrás
Achados arqueológicos no Maranhão. Foto: Rede social X/ Jader Filho

Da Redação, com informações da Agência Brasil

Os itens foram encontrados durante obra do programa Minha casa, Minha Vida, em São Luís (MA), para construção de um condomínio de prédios residenciais, no bairro Vicente Fialho. No total, foram descobertas pela construtora MRV 43 ossadas humanas e mais de 100 mil peças arqueológicas, como fragmentos de cerâmica, ferramentas de pedra, conchas e carvão.

O ministro das Cidades, Jader Filho, descreveu o achado como um “fato incrível”. Perto das obras do MCMV em São Luís (MA), técnicos da construtora, junto do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], descobriram em escavações de uma área delimitada material raríssimo que remonta a mais de 5 mil anos. São ossadas e mais de 100 mil peças arqueológicas”, divulgou, nesta segunda-feira, 8, o ministro, na rede social X. “O material será estudado para melhor compreensão de sua origem, inclusive ajudando na história de povos originários”, completou o ministro.

Uma das ossadas encontradas no local. Foto: Rede Social X/ Jader Filho

Análises estão em curso para definir a idade dos materiais encontrados, e, embora o ministro tenha mencionado a estimativa de “mais de cinco mil anos”, datações preliminares de sedimentos próximos indicam que eles variam entre cerca de 9 mil e 10 mil anos atrás.

Sítio arqueológico – Pesquisas prévias realizadas na década de 1970 pelo pesquisador Olavo Lima, embora apontassem para a existência de um sítio arqueológico na área, não revelavam sua magnitude, pois foram escavações pontuais em locais distintos do atual. As primeiras peças foram encontradas em um sambaqui, que é um sítio arqueológico litorâneo, formado principalmente de conchas de moluscos e outros restos alimentares como sementes, ossos de animais de pequeno porte e sedimentos, ainda durante a fase de licenciamento ambiental da obra, em 2019.

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