Pará ganha nova Unidade de Conservação Integral

Anúncio foi feito pelo governo do estado, no Dia da Amazônia. Com 126 mil hectares, além da preservação, a 28ª Unidade de Conservação do Pará vai permitir pesquisas e estudos sobre o bioma amazônico
Foto: Marco Santos/Agência Pará

Da Redação, com informações da Secom/PA

No Dia da Amazônia (5/9), o governador do Pará, Helder Barbalho, assinou o decreto que oficializa a 28ª Unidade de Conservação (UC) Estadual, com a criação da Estação Ecológica (Esec) Mamuru, localizada entre os municípios de Aveiro e Juruti, na região oeste paraense.

A Esec Mamuru é considerada estratégica pelo governo, para garantir a proteção de espécies ameaçadas de extinção e a manutenção dos serviços ambientais. Com 126 mil hectares, a nova UC vai reforçar o mosaico de áreas protegidas da região, que incluem parques nacionais com uma variada biodiversidade e ecossistemas diversos.

“Além da preservação florestal, o que permitirá inclusive gestão da sua biodiversidade, com implementação de estratégias de conhecimento da biodiversidade local, também tem um papel importante da preservação dos povos tradicionais, das comunidades indígenas que habitam nesta região”, explicou o governador Helder Barbalho. “Isto compõe a estratégia do governo do Pará de ampliação das suas áreas de preservação, de fortalecimento da sua estratégia de floresta viva, de floresta em pé, conciliando com estratégias de concessão de florestas que estarão sendo lançadas em parceria com a iniciativa privada, de concessão de restauros de áreas que tiveram floresta e que sofreram um ataque de grilagem e de desmatamento e que possam recompor a sua área desmatada, como também as ações de intensificação das áreas produtivas, conciliando as vocações do Estado”, completou.

O presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Nilson Pinto, reafirmou que no local não será permitido nenhum tipo de atividade produtiva. “Lá será admitido apenas a preservação, os estudos científicos e a atividade de educação ambiental. Essa unidade é feita para proteger o coração da Amazônia, para proteger a diversidade biológica que lá existe, que é fundamental para nós, para o país e para o mundo”, afirmou.

Estudos técnicos – Para que o território pudesse ser elevado à categoria de área protegida, a equipe do Ideflor-Bio realizou diversos estudos técnicos e consulta pública que permitiram identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a UC. “Essa medida tem vários estudos realizados pelo Ideflor-Bio sobre as condições socioeconômicas e as condições biológicas e toda a biodiversidade daquela região. Foram anos de estudos analisando a morfologia, as espécies que lá existem e que estão ameaçadas qual o valor biológico. Foram os estudos que detectaram a necessidade de preservar da ação predatória e que vai servir para que espécies procriem, para que a floresta seja mantida de pé, gerando seus efeitos benéficos para toda a população”, explica o presidente do Ideflor_Bio, Nilson Pinto.

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