Pesquisadores do Amazonas apresentam resultados de seus projetos

Ao todo, 21 projetos serão apresentados por pesquisadores durante os dois dias de seminário

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) iniciou, nesta quinta-feira (15/09), a 2ª edição do Seminário Fapeam: Resultados/Impactos de Pesquisas. O evento tem por objetivo socializar e popularizar os resultados de projetos fomentados pela Fundação para o desenvolvimento econômico, social, ambiental e científico do estado. 

Participam do simpósio pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa do Amazonas, coordenadores de projetos científicos, representantes institucionais, convidados e demais interessados. 

O Seminário segue até amanhã (16), das 9h às 11h e 14h30 às 17h, na sede da Fundação, no bairro Flores. Um total de 21 projetos nas diversas áreas de conhecimento, já concluídos, foram selecionados para serem apresentados nesses dois dias. 

Foto: Érico Xavier/Fapeam

Durante a abertura do evento, a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales Mendes Silva, ressaltou que a realização do Seminário integra uma das linhas de ação da instituição, que consiste na popularização e difusão da ciência, tecnologia e inovação, além de ser uma iniciativa que busca fortalecer este cenário, contribuindo para o acesso ao conhecimento, assim como uma responsabilidade social do pesquisador para com a sociedade. 

Os avanços alcançados pelo Amazonas no âmbito da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) também foram destacados pela diretora-presidente, os quais revelam que de 2019 até os dias atuais já foram apoiados mais de 10 mil projetos de pesquisas pela Fapeam, além disso, lançados editais inéditos de programas, perfazendo investimentos que impactam não só na capital, mas nos municípios do interior do estado. 

“Apoiamos todos os programas de Pós-Graduação Stricto Sensu no estado. Somos o primeiro lugar entre todas as unidades da federação, na oferta de bolsas de mestrado e doutorado. Estamos entre as melhores Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) do Brasil, em pagamentos de bolsas de mestrado e pós-graduação”, observou a diretora, enfatizando que em 2021 houve crescimento de 55% em projetos liderados por mulheres cientistas no Amazonas, uma participação estimulada pelos editais lançados exclusivamente para motivar uma maior participação feminina na CT&I. 

O secretário executivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Valdenor Pontes Cardoso, reforçou que ao longo dos anos a Fapeam vem apresentando resultados significativos para CT&I, área esta que traz impactos importantes para o setor público e sociedade.

“O conhecimento em ciência e tecnologia precisa cada vez mais ser estruturado. Vejo a importância da Fapeam em fomentar pesquisas e incentivar os pesquisadores com bolsas de pós-graduação, mestrado e doutorado”, acrescentou Valdenor Cardoso. 

Foto: Érico Xavier/Fapeam

Universal Amazonas

Uma das pesquisas apresentadas no primeiro dia do Seminário foi desenvolvida no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, da Fapeam, e investigou as duas principais doenças causadas por fungos que acometem pacientes com HVI/Aids, a criptococose e a histoplasmose.

Intitulado “Agentes fúngicos de micoses sistêmicas em domicílio de pacientes com HIV/AIDS e micoses oportunistas diagnosticados em uma unidade terciária de saúde do Estado do Amazonas”, o projeto foi coordenado pela pesquisadora do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Ani Beatriz Matsuura. 

A pesquisa foi aplicada em domicílios de pacientes da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), com diagnóstico positivo durante os anos de 2017 a 2019. O estudo apontou que dos 98,2% dos pacientes com neurocriptococose, 38,1% foram a óbito, sendo a maioria de forma precoce, com menos de um mês após serem diagnosticados com a doença.

Também foram apresentados os projetos “Diálogos com os saberes dos territórios das águas, das terras e das florestas e a construção de um currículo de educação do campo para o município de Parintins (AM)”, pela pesquisadora Maria Eliane de Oliveira Vasconcelos; e “Síntese verde de nanopartículas de prata para elaboração de gel e sabonete líquido com propriedades antimicrobianas”, coordenado pela pesquisadora Maria Francisca Simas Teixeira, ambas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). 

Ainda no âmbito do Programa Universal Amazonas, a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Genoveva Chagas de Azevedo, fez exposição do projeto “Implicações educacionais de cartilhas sobre a floresta Amazônica no contexto escolar”. O projeto desenvolveu histórias em quadrinhos (HQs) sobre temas ambientais que envolvem a Amazônia, alcançando, deste modo, 728 estudantes de nove escolas em Manaus e dos municípios de Iranduba, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo e Manacapuru. 

Saúde

Específico para a área da saúde, no evento também foram expostos projetos fomentados via Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde – PPSUS, entre esses  o “O acesso da população ribeirinha à rede de urgência e emergência no Estado do Amazonas Fiocruz Amazônia”, do pesquisador do ILMD/Fiocruz Amazônia, Júlio Cesar Schweickardt; e “Inquérito sobre a prevalência da deficiência de G6PD no Amazonas: resolvendo uma lacuna para a segurança da cura radical da malária pelo Plasmodium vivax” do pesquisador da FMT-HVD, Wuelton Marcelo Monteiro. 

Primeiro Projeto

Pelo Programa Primeiro Projeto (PPP) os pesquisadores da Ufam Celso Barbosa Carvalho e João Cândido André da Silva Neto apresentaram os resultados dos estudos “Investigação de técnicas modernas de sensoriamento remoto aplicado ao monitoramento de florestas” e “Uso do solo e alterações do clima em cidades da região do Médio Solimões – Amazonas”, consequentemente. Da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a cientista Jocilene Gomes da Cruz, discorreu sobre a pesquisa “Processos de territorialização, interculturalidade e bem viver: um estudo sobre as atividades turísticas realizadas pelas comunidades indígenas do Rio Negro”.

Fonte: Fapeam 

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