Vagas para jovens: falta de qualificação é obstáculo para contratações, diz estudo

De acordo com o Inep, as áreas mais procuradas são gestão e negócios, informação e comunicação, ambiente e saúde e controle e processos industriais

Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente, tem crescido a necessidade de formação profissional para os jovens. Um exemplo é o que mostra o estudo Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras. A pesquisa ouviu 34 entidades que atuam na inclusão produtiva de jovens e apontou que 8 em cada 10 organizações não conseguem contratar jovens com a qualificação necessária.

Para mudar o quadro, uma das opções mais conhecidas é o curso técnico, que pode ser iniciado ainda no ensino médio. Diferente de uma faculdade, o ensino técnico é focado na formação prática do profissional, por isso, costuma ser mais rápido: um a dois anos.

De acordo com o Inep, as áreas mais buscadas são gestão e negócios, informação e comunicação, ambiente e saúde e controle e processos industriais.

O estudante Johnata Duarte, 16, iniciou neste ano o curso técnico em Enfermagem no Centro de Ensino Técnico (Centec) como um primeiro passo para alcançar seu objetivo: ser um profissional de saúde.

Segundo o Inep, 14,2% dos estudantes do ensino médio e técnico cursaram a formação em instituições particulares, em 2020.

“Escolhi essa área porque queria ajudar as pessoas que precisam, pelo amor que tenho por essa profissão. A decisão de iniciar o técnico ainda no ensino médio é porque eu queria terminar cedo. Então, estudo pela manhã e à tarde eu aproveito para fazer as atividades do ensino técnico e do médio”, conta.

Já o estudante Douglas Souza, 16, decidiu começar um curso técnico ainda no ensino médio porque viu vantagem em terminar os estudos já com uma formação.

“São muitos pontos positivos. É para que eu possa conseguir um emprego mais rápido e também me destacar daqueles que não tem uma formação”, comenta.

Estudante do curso técnico em serviços jurídicos no Centec, ele diz com orgulho que está se identificando totalmente com a área.

“Desde a minha infância eu falava para todo mundo que queria ser advogado, então, para que eu pudesse me aproximar dessa área, decidi fazer esse curso. Estou me identificando muito, porque gosto de ajudar as pessoas, como faz o Direito”, ressalta.

Experiência

Coordenadora pedagógica do Centec, Carolina Mascarenhas Bitencourt diz que a escola tem uma presença considerável de estudantes que também cursam o ensino médio. São cerca de 300 pessoas entre 16 e 17 anos divididas nos turnos da manhã e tarde, principalmente.

“É uma rotina que requer muita dedicação e esforço do aluno, mas é importante ressaltar que é totalmente possível. Temos vários alunos que estão no ensino médio e é muito bacana saber que eles já terão uma vantagem ao disputarem um emprego, porque terão conhecimentos teóricos e práticos. Hoje, os empregadores preferem quem tenha alguma experiência e afinidade com uma profissão”, afirma ela.

Ela orienta que aqueles jovens que desejam iniciar um curso técnico devem inicialmente procurar um teste de aptidão e depois escolher o curso mais próximo daquilo que gostam.

“É essencial seguir aquilo que você tem interessante, porque isso vai tornar o processo muito mais leve”, aconselha.

Fonte: Repercussão Assessoria

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