Empresas apresentam soluções sustentáveis em bioeconomia

Representantes das selecionadas no segundo edital do Programa InovAmaz 2023, da Embrapa, destacarão seus negócios para agentes financiadores durante evento na capital paraense
Polpa do cupuaçu. Foto Felipe Santos/ Embrapa

Da Redação, com informações da Embrapa

Nesta terça-feira, 12, as empresas finalistas do InovAmaz 2023, da Embrapa Amazônia Oriental, apresentarão suas propostas à cadeia de inovação em bioeconomia, imprensa e agentes financiadores. Será o primeiro evento após a divulgação dos selecionados no segundo edital do programa, na última quinta-feira (veja abaixo).

Durante o encontro, haverá paineis sobre como funciona a parceria com a Embrapa, além da abordagem sobre desafios e oportunidades de se fazer inovação de impacto na Amazônia. Também será o momento de conhecer experiências inspiradoras de sucesso, em harmonia com a manutenção da floresta em pé, e associadas à geração de renda e benefícios às comunidades locais.

A empresas selecionadas são:

  • Manioca, com duas propostas: quantificação de compostos cianogênicos na cadeia produtiva de tucupi amarelo e desenvolvimento de processo para reaproveitamento do resíduo da temperagem do tucupi;
  • ParaOil, com a proposta da produção de blend de manteiga de cupuaçu com o óleo de andiroba;
  • AirBee, com o mapeamento da flora alvo meliponícola para crescimento sustentável no estado do Pará;
  • Wood Scan, que visa desenvolver um processo de inspeção de tipologia e/ou identificação botânica de espécies de madeiras da Amazônia.

A apresentação das propostas será na sede da Embrapa, em Belém (PA) e contará também com uma degustação de produtos da sociobiodiversidade amazônica.

Sobre o Programa – O InovAmaz 2023 foi o segundo edital de inovação aberta lançado pela Embrapa no Pará e buscava parceiros em todo território nacional, para desenvolver em conjunto, soluções tecnológicas inovadoras com impacto social, ambiental e econômico para o território amazônico.

Para Bruno Giovany de Maria, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Amazônia Oriental, as propostas, selecionadas a partir de critérios técnicos, têm grande potencial para desenvolver soluções sustentáveis de impacto para a cadeia da bioeconomia regional. Ele explicou que os projetos deverão ser executados no prazo máximo de até 60 meses, após o início oficial do projeto, e de acordo com a fonte financiadora.

“Hoje em dia ninguém faz inovação sozinho, pois as competências estão distribuídas nas mais diversas instituições e nos mais diversos ambientes, assim como na sociedade em geral. Para fazer inovação precisamos entender quais dores e quais as oportunidades reais de mercado. A inovação pode ocorrer de modo econômico, ou um pacto social de impacto ambiental, mas precisa partir de uma intervenção ou da criação de um novo produto, que modifique para melhor a vida das pessoas ou comunidades”, afirmou.

O gestor lembrou ainda que a Amazônia é dona de uma biodiversidade imensa, com potencial inimaginável de oportunidades a partir de micro-organismos, espécies vegetais e animais e que, identificadas, podem gerar insumos, ingredientes para cosméticos, fármacos e outros produtos de alto valor agregado, mantendo a floresta em pé e com benefícios para toda sociedade. “A gente só consegue isso unindo esforços. A Embrapa tem capacidade técnica, infraestrutura, mas precisa de parceiros comerciais para gerar escala e levar as soluções ao mercado, para o dia a dia das pessoas”, enfatiza Bruno Giovany.

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