Reforma tributária é apontada por empresários como prioridade para o país

56% dos empresários ouvidos pela Confederação Nacional da Indústria indicam reforma como principal medida para geração de empregos

reforma tributária foi apontada pela maioria dos empresários (56%) como medida mais importante para o próximo governo estimular a geração de empregos, mostra pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, feita em parceria com Instituto FSB Pesquisa.

O atual modelo de arrecadação é tido como complexo e ineficiente. “O complexo e oneroso sistema de cobrança de impostos do país inibe a produção de todos os setores econômicos e dificulta a geração de empregos e de renda para os brasileiros. A Reforma Tributária é fundamental para acelerar o ritmo de crescimento da economia e, por isso, deve ser uma prioridade para o próximo governo”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Na opinião de 48% dos executivos, é preciso reduzir os impostos sobre a folha de pagamento. Além disso, 35% deles apontaram a necessidade de fortalecer a capacitação profissional para gerar empregos.

A pesquisa Agenda de Prioridades da CNI ouviu 1.001 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande porte de todas as regiões do país. As entrevistas, feitas por telefone, foram realizadas entre os dias 10 e 24 de agosto de 2022. Cada um dos entrevistados foi estimulado a escolher duas ações. Os percentuais são o somatório total de entrevistados que citaram a medida como primeira e segunda mais importante.

Ainda aparecem no levantamento medidas como liberação de crédito para as empresas investirem e/ou expandirem a sua capacidade produtiva (29%) e realização de aperfeiçoamentos na legislação trabalhista (25%), como medidas relevantes para a geração de empregos.

Além de perguntas relacionadas à geração de emprego e outras questões importantes para o crescimento da economia, o questionário também aborda Saúde, Educação e Segurança.

Educação como prioridade

Para um em cada três entrevistados, a Educação deve ser a principal prioridade do presidente eleito nos próximos quatro anos. Foi o tema mais citado pelos executivos como primeira e segunda principal prioridade do país.

Entre os caminhos possíveis para melhorar a Educação no país, a maioria dos empresários apontou que, entre os diferentes níveis de formação, os que mais precisam do olhar do poder público são o ensino técnico (34%) e o ensino básico (32%). Em seguida, aparece a alfabetização, com um total de 18%. Os demais níveis de formação, como Ensino Médio, Ensino Superior e pós-graduação, somam 14%.

“A pesquisa mostra que há uma demanda do setor empresarial por maior investimento no ensino técnico, que está mais alinhado às necessidades do mercado de trabalho. Outro ponto é a preocupação dos executivos com a qualidade do ensino. Diante de uma indústria cada vez mais tecnológica, o ensino precisa acompanhar as habilidades exigidas pelas empresas”, explica o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Saúde e segurança

O segundo tópico mais citado para ser a prioridade do governo a partir de 2023 foi saúde pública (26%) e na terceira posição aparece crescimento econômico, tendo sido apontado por 20% dos entrevistados como primeira ou segunda principal medida. Em seguida, redução de impostos (14%) e geração de emprego (12%).

Sobre as prioridades do próximo governo para a área da Saúde, para um em cada quatro empresários deve ser a melhoria das condições dos hospitais e postos de saúde. Em seguida, os entrevistados elegeram como ações urgentes qualificar melhor os médicos e enfermeiros (19%), contratar mais médicos e enfermeiros (19%) e a necessidade de mais investimentos em saúde (19%).

Na área de Segurança, a prioridade do governo que assume em 2023, na opinião dos empresários, deve ser aumentar o efetivo de policiais nas ruas (23%) e equipar a polícia (20%). Aumentar o salário dos policiais, evitar que pessoas que cometam crimes fiquem pouco tempo na prisão e reformulação do código penal aparecem como ações importantes para 15%, 13% e 12% dos entrevistados, respectivamente.

Economia brasileira

Quando se trata do cenário atual, quase a metade (48%) dos empresários avalia a situação da economia brasileira como ótima ou boa. Do total, 35% avaliaram a economia como regular e 17%, ruim ou péssima.

Para melhorar a economia brasileira, 43% dos empresários apontaram que o próximo presidente deve priorizar, nos próximos dois anos, reduzir os impostos. A segunda prioridade apontada para a área foi simplificar os impostos, tendo sido citada por 28% dos entrevistados como primeira ou segunda opção.

Um percentual relevante dos executivos também acredita que é preciso controlar os gastos públicos (24%), combater a inflação (23%), gerar empregos (23%) e reduzir as taxas de juros (17%).

Futuro: 7 em 10 empresários acreditam na melhora da economia

Em relação ao futuro do país, a expectativa é positiva: sete em cada dez empresários estão otimistas ou muito otimistas. Um percentual ainda maior (77%) está otimista quanto ao futuro da indústria brasileira. Sobre a economia do país, 69% disseram que deve melhorar um pouco ou muito nos próximos quatro anos. “Aprovar a Reforma Tributária, com adoção de um sistema de tributação do consumo que seja mais moderno, eficiente e alinhado ao padrão mundial, é um passo fundamental para aumentar a competitividade das empresas e, assim, acelerar o ritmo de crescimento da economia, gerando mais empregos e renda para os brasileiros”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Fonte: CNN

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