Negociações pararam entre Rússia e Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, diz que conversa com Zelenskiy é possível. Foto: Sputnik/Sergey Guneev/Kremlin via Reuters

Não está descartada a reunião entre os presidentes Vladimir Putin da Rússia e Volodymyr Zelenskiy, da Ucrânia,  mas que qualquer conversa desse tipo precisa ser preparada com antecedência, segundo informações do Kremlin, nesta quarta-feira (1º).

\”O trabalho em um acordo de paz com a Ucrânia parou há muito tempo e não foi retomado\”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à repórteres durante teleconferência. 

Peskov disse ainda que as pessoas, nas regiões ucranianas de Kherson, Zaporizhzhia e Donbashhia, ocupadas pela Rússia, devem decidir seu próprio futuro, e o Kremlin não duvida que eles tomarão a \”melhor decisão\”. A Ucrânia afirmou anteriormente que a anexação das regiões pela Rússia colocaria fim às conversações de paz entre os dois lados.

Kremlin

O Kremlin disse ainda que o mundo pode estar à beira de grande crise alimentar, culpando as \”restrições ilegais\” impostas à Rússia pelos países ocidentais e as decisões das autoridades ucranianas.

Mais de três meses desde que invadiu a Ucrânia, a Rússia tomou grande parte da costa do país vizinho e está bloqueando seus portos, mas tenta atribuir a culpa da falta de embarque de grãos às sanções ocidentais e a Kiev.

\”Estamos potencialmente à beira de uma crise alimentar muito profunda, ligada à introdução de restrições ilegais contra nós e às ações das autoridades ucranianas. Colocaram minas (explosivas) no caminho para o Mar Negro e não estão embarcando grãos de lá, apesar de a Rússia não impedir de forma alguma\”, disse Peskov. 

Zelenskiy

Na terça-feira (31), o presidente ucraniano saudou o sexto pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia, mas criticou o que chama de atraso \”inaceitável\” no acordo do bloco sobre as últimas medidas.

\”Quando já se passaram mais de 50 dias entre o 5º e o 6º pacote de sanções, a situação não é aceitável para nós\”, afirmou Zelenskiy, falando ao lado da presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, em Kiev.

Fonte: Reuters

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